A Secretaria Estadual de Saúde (SES) do Rio Grande do Sul confirmou, nesta segunda-feira (17), mais uma morte por leptospirose no Estado. Com isso, o número de óbitos pela doença no território gaúcho neste ano chega a 20. Destes, apenas um não tem relação com as enchentes históricas que atingiram o Estado entre o fim de abril e início de maio.
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Há, ainda, quatro mortes em investigação. Além disso, ao todo, o Estado já foi notificado por 5.343 casos da doença. Até o momento, 302 foram confirmados, 1.204 foram descartados e 3.837 estão sendo apurados.
As mortes foram registradas em: Porto Alegre (2), Novo Hamburgo (2), Alecrim (1), Charqueadas (1), Rio Grande (1), Pelotas (1), Venâncio Aires (1), Três Coroas (1), Travesseiro (1), Sapucaia do Sul (1), São Leopoldo (1), Igrejinha (1), Guaíba (1), Encantado (1), Canoas (1), Cachoeirinha (1), Alvorada (1) e Viamão (1).
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais, principalmente ratos, infectados pela bactéria Leptospira. A doença pode apresentar letalidade de até 40% nos casos mais graves.
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) destaca que o contágio pode ocorrer a partir da pele com lesões ou mesmo em pele íntegra se imersa por longos períodos em água contaminada, além de mucosas. O período para o surgimento dos sintomas pode variar de um a 30 dias, sendo que normalmente ocorre entre sete e 14 dias após contato com as águas de enchente ou esgoto.
Os principais sintomas da leptospirose são: febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial, na panturrilha) e calafrios. Contudo, o Cevs chama a atenção para aqueles municípios com alta transmissão de dengue e que foram atingidos pelas cheias para o cuidado na hora do diagnóstico, já que muitos dos sintomas são similares.
O tratamento (antibioticoterapia) está indicado em qualquer período da doença, mas sua eficácia costuma ser maior na primeira semana do início dos sintomas. Sempre com uma avaliação de um profissional de saúde, na fase precoce são utilizados Doxiciclina ou Amoxicilina. Para a fase tardia, Penicilina cristalina, Penicilina G cristalina, Ampicilina, Ceftriaxona ou Cefotaxima.
Nos locais que tenham sido invadidos por água de chuva, o recomendado é fazer a desinfecção do ambiente com hipoclorito de sódio a 2,5%, presente na água sanitária (um copo de água sanitária para um balde de 20 litros de água). Além disso, a luz solar ajuda a matar a bactéria.
Outra dica é manter os alimentos guardados em recipientes bem fechados, manter a cozinha limpa sem restos de alimentos, retirar as sobras de alimentos ou ração de animais domésticos antes do anoitecer, manter o terreno limpo e evitar entulhos e acúmulo de objetos nos quintais são ações que ajudam a evitar a presença de roedores.
Créditos do texto/imagem: Portal ABC Mais.