O governador Eduardo Leite (PSDB) participou nesta quinta-feira (27), em São Paulo, de encontros com lideranças das companhias aéreas Azul, Gol e Latam. Na pauta, a ampliação da oferta de voos no Rio Grande do Sul enquanto o Aeroporto Internacional Salgado Filho, de Porto Alegre, estiver fechado.
Sem operar desde a noite de 3 de maio, quando foi atingido pela maior enchente da história do RS, o Salgado Filho ainda não tem data para voltar a receber aviões comerciais.
A concessionária Fraport fala que os voos serão retomados em dezembro. Já o governo federal é mais otimista e acredita em uma retomada parcial a partir de outubro. O resultado da análise dos danos na pista sai dentro de 15 dias.
Segundo o governador, o fechamento do Salgado Filho gera um impacto negativo na ordem de R$ 400 milhões por mês na economia gaúcha. Até o final do ano as perdas podem chegar a R$ 3 bilhões, o equivalente a 0,5% do PIB do Estado.
Até abril deste ano o aeroporto de Porto Alegre tinha, em média, 2,4 mil voos mensais. Em junho serão apenas 400 em todo o Estado, informou Eduardo Leite. A redução tem forte impacto no preço das passagens.
Na reunião com as companhias aéreas, o governador defendeu a ampliação do número de voos em aeroportos regionais como os de Pelotas, Santa Maria, Santo Ângelo e Caxias do Sul. Também apresentou as melhorias que estão sendo feitas no aeroporto de Torres.
Tecnicamente o aeroporto de Torres é apontado como a melhor alternativa ao Salgado Filho e à Base Aérea de Canoas (Baco), uma vez que sofre pouco com os impactos do tempo no inverno. O aeroporto de Caxias, por exemplo, é muito impactado pelos fortes nevoeiros, o que provoca atraso e cancelamento de voos.
Responsável pelo aeroporto de Torres, o governo do Estado está promovendo melhorias no terminal de passageiros. O local já passou por vistoria da Infraero, que pode até mesmo assumir a administração para agilizar a operação comercial no litoral norte. A Infraero também está disposta a assumir os aeroportos de Vacaria e de Canela.
“Melhorar a conexão aérea é fundamental para o desenvolvimento do nosso Estado, especialmente nessa situação emergencial que a gente está vivenciando”, argumentou Leite.
O governador disse que saiu das reuniões otimista. “Recebemos informações de que, em breve, nesses próximos dias, a gente tenha anúncios de novos voos para o Estado. Estamos comprometidos a garantir para o Rio Grande do Sul a volta à normalidade, ou algo mais próximo da normalidade em termos de conexões aéreas, enquanto o aeroporto de Porto Alegre não estiver pronto”, destacou Leite.
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