A professora de 34 anos suspeita de vender bolos de maconha na escola municipal onde leciona, em Estância Velha, foi suspensa do trabalho nesta quarta-feira (17). O afastamento é por 30 dias, prorrogável por igual período, ou enquanto durar a sindicância aberta pela prefeitura. O procedimento pode resultar em demissão.
Concursada para as séries iniciais, a educadora foi contatada pela reportagem: “Vou ver com meu advogado”, respondeu. E não deu retorno. Ela e a escola não são identificadas porque a investigação policial está no início.
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Também nesta quarta, o delegado de Estância Velha, Rafael Sauthier, revelou que há indícios de produtos variados feitos com maconha e comercializados pela professora, como brownies ao preço de 12 reais.
A educadora foi abordada durante a aula, no fim da tarde desta terça-feira (16), e levada à delegacia. O produto suspeito estava no armário dela. Eram cinco bolos com aspecto de “nega maluca”, embalados em formas de alumínio e partidos em nove pedaços.
“Nossa equipe abriu um desses bolos apreendidos logo em seguida, mas a presença da droga não ficou evidente. Como não havia situação de flagrante, ela foi liberada e o material será encaminhado à perícia”, declara Sauthier.
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Ele observa que, se for comprovada a maconha como ingrediente, ficará configurado o crime de tráfico de drogas e a servidora pública será indiciada. Em princípio, conforme Sauthier, os doces não eram vendidos para alunos. Somente para professores e funcionários da escola.
Segundo o delegado, como se trata de substância perecível, os bolos passaram a exalar cheiro de maconha nesta quarta-feira. “Ao abrir a tampa, vem o odor característico.” O material foi levado no fim da manhã para o Instituto-Geral de Perícias (IGP), em Porto Alegre. Não há previsão sobre um laudo conclusivo.
A abordagem foi feita pelo secretário da Educação de Estância Velha, Gustavo Guedes, que requisitou a Guarda Municipal para acompanhá-lo à escola, por volta das 16h30. A professora teria admitido a Guedes que os doces realmente contêm maconha. Concordou em destrancar o armário e a entregar os bolinhos para os guardas. Eram cinco unidades, com aspecto de “nega maluca”.
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Na delegacia, porém, a educadora desconversou sobre a droga. “No depoimento, a professora disse que mantinha os bolos no armário, longe das crianças, até fazer a entrega para as pessoas que encomendavam. Ela relatou ainda que não sabe se eles contêm substância ilícita, alegando que não foi quem fez e que não provou”, comenta o delegado. Ela não quis dizer a origem.
Créditos do texto/imagem: Portal ABC Mais.