17/07/2024 às 19h41min - Atualizada em 18/07/2024 às 06h21min

Escola de Novo Hamburgo ganha destaque na Olimpíada de Matemática

Escola Estadual de Ensino Fundamental Otávio Rosa já totaliza quatro estudantes premiados na competição nacional

Portal ABC Mais
https://www.abcmais.com/brasil/rio-grande-do-sul/vale-do-rio-dos-sinos/novo-hamburgo/escola-de-novo-hamburgo-ganha-destaque-na-olimpiada-de-matematica/


Nos últimos anos, a Escola Estadual de Ensino Fundamental Otávio Rosa, localizada no bairro Pátria Nova, em Novo Hamburgo, vem ganhando destaque pelo desempenho na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Já são quatro estudantes com destaque na competição nacional com a instituição acumulando duas medalhas de ouro, duas de bronze e uma menção honrosa com quatro estudantes diferentes.

Maria Eduarda, Vicente, Brendon e Alice comemoram as conquistas na OBMEP | abc+

Maria Eduarda, Vicente, Brendon e Alice comemoram as conquistas na OBMEP | abc+





Maria Eduarda, Vicente, Brendon e Alice comemoram as conquistas na OBMEP

Foto: Eduardo Amaral/GES-Especial

LEIA TAMBÉM: Tem solução? Questão da Olimpíada Brasileira de Matemática faz alunos quebrarem a cabeça

Em junho, Vicente Levinski de Freitas, 14 anos, e Alice Freitag de Lima, 14 anos, colegas na turma do oitavo ano da escola viajaram até o Rio de Janeiro para receberem suas medalhas de ouro. Ambos ficaram entre os melhores colocados de todo País na 18ª edição da OBMEP, realizada ainda em 2023, quando estavam no sétimo ano do fundamental. A viagem foi o momento de reconhecimento pelo feito.

Mas antes mesmo desta premiação, Vicente já tinha a competição como foco já que ele foi o primeiro medalhista da escola, ainda em 2022, durante a 17ª OBMEP. Naquela ocasião ele conquistou a medalha de bronze, se tornando o precursor e inspiração para outros colegas. “Pensei: ‘se consegui bronze no sexto ano, ano que vem consigo estudar para buscar o ouro’”, lembra ele, que para o ano seguinte iniciou uma rotina de até oito horas de estudo diárias.

O prêmio

Semanas antes da viagem para o Rio de Janeiro, Vicente e Alice mostravam ansiedade natural de quem iria se encontrar com estudantes de todo o Brasil. Mas naquele momento havia toda uma previsibilidade e programação para a chegada à cidade maravilhosa, planos que precisaram ser revistos em razão das enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul em maio.

Alice e Vicente foram os primeiros medalhistas de ouro da escola que já acumula quatro prêmios na OBMEP | abc+

Alice e Vicente foram os primeiros medalhistas de ouro da escola que já acumula quatro prêmios na OBMEP | abc+





Alice e Vicente foram os primeiros medalhistas de ouro da escola que já acumula quatro prêmios na OBMEP

Foto: Eduardo Amaral/GES-Especial

LEIA TAMBÉM: Estudante de Portão ganha medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática

Inicialmente, Vicente viajaria acompanhado por familiares, mas tudo mudou e a premiação ainda veio acompanhada de outra nova experiência para o adolescente. “Foi a primeira vez que saí do Rio Grande do Sul sem os meus pais. Viajei pro Rio de Janeiro por uma coisa que me dediquei, me empenhei, estudei, isso é a melhor sensação de todas, de estudar para uma olimpíada, saber que tu correu atrás daquilo e não por pressão da escola, saber que estou no meu lugar”, conta, dizendo ainda que conseguiu fazer amizades com pessoas de outros estados, como um colega de corredor do Acre.

Vicente ainda se mostrou surpreso com a diferença de temperatura na ensolarada Rio de Janeiro em comparação com o frio sulista típico da época do ano. “A sensação térmica mais marcante da minha vida, quando saímos para rua estava 34ºC em junho.”

Alice, que em sua primeira participação na OBMEP conquistou a medalha de ouro, conseguiu manter a programação de viajar acompanhada dos pais. Assim como Vicente, ela também estranhou o calor, o que mais chamou atenção para ela foi a variedade na voz dos colegas. “Tinha muita gente de vários lugares diferentes, falando com vários sotaques, muita diversidade”, conta ela que só havia conhecido a cidade de São Paulo antes da premiação.

Ao todo, foram 650 estudantes do País reconhecidos com a medalha de ouro.

Troca de experiências

Durante os dias que ficaram no hotel antes de receber a medalha de ouro junto com outros estudantes, o tema principal das conversas não foram os estudos, mas sim a alegria pelo resultado. “Conversamos sobre como era bom estar lá, e teve a vez que foi muito legal, com música, dança”, lembra Alice, que reforça o incentivo que o evento deu para os estudos. “Eu quero tirar a medalha de ouro de novo e voltar lá.”

Alice e Vicente foram os primeiros medalhistas de ouro da escola que já acumula quatro prêmios na OBMEP | abc+

Alice e Vicente foram os primeiros medalhistas de ouro da escola que já acumula quatro prêmios na OBMEP | abc+





Alice e Vicente foram os primeiros medalhistas de ouro da escola que já acumula quatro prêmios na OBMEP

Foto: Eduardo Amaral/GES-Especial

Celebrar a conquista foi o principal mote também do evento que buscou reconhecer a dedicação dos jovens alunos da rede pública do País. “Não foi um lugar para estudar, foi para comemorar nossa vitória porque conseguimos chegar naquele patamar”, resume Vicente.

Os novos vencedores

Os medalhistas de ouro também têm colegas dentro da própria escola para falar sobre a participação na OBMEP. Estudantes do 7º ano, Brendon Proch Bello, 12 anos, e Maria Eduarda Leal, 13 anos, também obtiveram excelentes resultados na 17ª OBMEP, conquistando a medalha de bronze e uma menção honrosa respectivamente.

Brendon conta que seu objetivo era a medalha de ouro quando começou a preparação para a prova, mas que mesmo o bronze acabou sendo uma surpresa. “Achei que não ia ganhar medalha nenhuma de começo, mas quando ganhei a de bronze pensei que, por ter ganhado ela, poderia na próxima vez estudar para ganhar uma medalha melhor”, projeta ele para o próximo ano.

Incentivado pelos pais, Brendon diz que seu foco ainda são os cálculos e o desafio da prova foi ter mais uma visão lógica na hora de responder às questões. “Queria ganhar a medalha de ouro, só que a OBMEP envolve muita lógica e eu não tenho tanta lógica assim, sou melhor em cálculos”.

Já Maria Eduarda já tinha tido a experiência da OBMEP ainda na OBMEP mirim, que não distribui medalhas ou premiações oficiais, e até mesmo o tamanho do evento surpreendeu. “Até então eu não sabia o tamanho dos prêmios, então estudei, mas não fui muito a fundo e achei que não ia ganhar nada no início, mas fiquei feliz por ganhar alguma coisa”, conta.

Surpreendida pelo tamanho do reconhecimento, ela se surpreendeu com a menção honrosa, já que no início da preparação diz ter pouco conhecimento dos conteúdos. “Fui porque sabia que era algo que seria bom para participar, porque sempre gostei de matemática e sabia que se participasse ia querer mais sobre as questões.”

Ela ainda destaca que o resultado foi um tanto surpreendente já que no princípio não tinha domínio da matéria. “Não sabia nenhum conteúdo que iria cair na prova, e quando ganhei a menção honrosa pensei que agora que sabia o básico do que tinha aprendido.” Seguir estudando a matéria está nos planos dela, mas não apenas pelos prêmios. “Quero continuar para ter mais conhecimento e (também) ganhar medalhas”.


Créditos do texto/imagem: Portal ABC Mais.



Fonte: https://www.abcmais.com/brasil/rio-grande-do-sul/vale-do-rio-dos-sinos/novo-hamburgo/escola-de-novo-hamburgo-ganha-destaque-na-olimpiada-de-matematica/
Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Error
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp