A Secretaria de Educação do Estado (Seduc) comemorou nesta segunda-feira (5) a retomada das aulas presenciais em mais de 99% das instituições após as férias e as enchentes que castigaram o Rio Grande do Sul no mês de maio.
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Foram 275 escolas da rede estadual que voltaram a atender os alunos presencialmente nesta segunda. Mesmo assim, 18 instituições ainda não finalizaram as reformas para receber os estudantes, e duas delas sequer tem previsão de retorno presencial.
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Com mais de 80% das escolas estaduais atingidas durante as cheias de maio, Canoas vive a situação mais crítica, com 10 instituições que ainda não voltaram a receber alunos. Mesmo assim, a maior parte tem previsão de retomada do atendimento presencial até o dia 12 de agosto. A exceção é o Colégio Estadual Tereza Francescutti, localizado no bairro Mathias Velho, que não tem previsão de conclusão das obras de recuperação.
Em coletiva realizada na manhã desta segunda-feira no Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), as secretárias de Educação, Raquel Teixeira, e Obras Públicas, Izabel Matte, apresentaram um panorama dos valores já investidos e das estimativas de retomada de todas as escolas. Já foram destinados R$ 129,1 milhões para a retomada das aulas presenciais, processo que acelerou desde o final de julho.
Raquel Teixeira fez questão de destacar a dificuldade de retomada dos prédios em razão dos impactos das chuvas, não só em 2024, mas também as de setembro do ano passado. A secretária citou o exemplo de uma instituição em Lajeado, no Vale do Taquari, onde havia barro acumulado ainda de setembro de 2023 e que ainda por cima estão em áreas de risco de novas enchentes.
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“São escolas que terão que ser reconstruídas em outros lugares, é um desafio porque a comunidade não quer mudar de endereço”, explicou Raquel Teixeira. As secretarias dividiram a os estragos em cinco tipos, sendo o número 5 o mais grave, o qual os precisarão ser reconstruídos e a comunidade escolar muito atingida, o que representa 1% do total de 1.103 escolas afetadas pelas enchentes de maio, das quais 606 danificadas.
Izabel Matte explicou como o tamanho dos estragos está sendo usado como critério para distribuição dos recursos. “Com a crise climática, nós criamos repasses extras de R$ 20 mil, R$ 40 mil e R$ 80 mil, dependendo do tamanho da escola e do tipo de estrago que ela teve” explica. Para agilizar as obras o governo tem optado por um modelo de contratação simplificada.
Para além da infraestrutura, um dos desafios é a questão de aprendizado dos estudantes, muitos dos quais já sofreram os impactos da pandemia de Convid-19. Raquel Teixeira diz que um dos primeiros pontos positivos foi a questão da evasão escolar. “O quadro geral está até melhor do que a gente esperava. A gente acha que temos hoje 735 (segunda) mil alunos em sala de aula, hoje nas aulas presenciais, de um total de 750 mil”, afirmou a secretária. Ainda segundo ela, será preciso lidar com a migração de alunos, alguns para fora do Estado.
Em relação à recuperação das aulas perdidas, a Seduc reconhece que 18 instituições precisarão estender o currículo até fevereiro de 2025. Raquel Teixeira deixou claro que não pretende utilizar qualquer sistema de aprovação massiva. “Somos contra a aprovação automática, a aprovação em massa, queremos 100% aprovados sabendo o que precisam.”
Voltam nesta terça-feira (6)
EEEM Visconde do Rio Branco; EEEF Dr Victor Hugo Ludwig; EEEM Guarani; EEEF Fátima; EEEF Antônio Francisco Lisboa
Volta na quarta-feira (7)
EEEM Affonso Charlier
Volta na quinta-feira (8)
EEEF Prof. Clotilde Batista
Volta até o dia 12 de agosto
EEEM São Francisco de Assis e EEEM Guilherme de Almeida
Retorno ainda sem previsão
CE Tereza Francescutti (Seduc busca prédio para locação)
Créditos do texto/imagem: Portal ABC Mais.