Nem o frio espantou o público que veio acompanhar os atletas que competiram na edição deste ano do Troféu Atletismo IENH, em Novo Hamburgo. O evento neste sábado (10) reuniu 300 competidores de diversos municípios nas subcategorias de 12 a 18 anos, além da categoria adulto.
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Com as Olimpíadas de Paris que finalizam no domingo (11), acompanhar as demais competições de outras modalidades esportivas é uma alternativa viável para quem gostou de assistir aos jogos. O professor de Educação Física da IENH Mario Garcia Kickhofel, que coordena a equipe de atletismo da instituição de ensino, explica que os Jogos Olímpicos atraem a atenção da comunidade, mas esse apoio tende a diminuir quando a competição mundial termina.
“Os Jogos Olímpicos vêm para colocar no foco essas outras modalidades. O atletismo, por exemplo, é o berço dos esportes olímpicos. Porém, no dia a dia isso não aparece tanto, embora aqui em Novo Hamburgo, mesmo não sendo tão visível, temos uma equipe [de atletismo] conquistando importantes resultados a nível estadual e nacional”, destaca.
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O mesmo pensamento persiste no presidente da Federação de Atletismo do Rio Grande do Sul (Faergs), Marcos Andrade. Para ele, sem apoio constante, o atletismo e demais esportes acabam invisibilizados. “Para o atletismo, a oportunidade das Olimpíadas sempre chama atenção para o esporte, pois o público descobre algumas outras provas, e não só a corrida de rua. O atletismo tem atividade para todos os biotipos de corpos, esse é o leque de opções que o esporte proporciona”, afirma.
A competição no sábado teve modalidades como corridas de 50 a mil metros, lançamentos de pelota, peso e dardo e saltos em distância e altura. A dificuldade da competição aumentava conforme a categoria do atleta, com divisões por faixa etária e gênero. A arbitragem ficou por conta da Faergs, e os três melhores colocados em cada competição foram premiados com medalhas.
É por meio dessas competições que futuros talentos se revelam. Esse é o caso do jovem Gustavo Scolari, que aos 17 anos já acumula dois títulos de campeão nacional em provas de salto em distância do Campeonato Brasileiro de Atletismo, além de premiações em jogos escolares.
Aluno da IENH, o adolescente que iniciou no atletismo aos nove anos encontrou no esporte uma maneira de curar um problema cardíaco. “Fiz uma cirurgia do coração aos cinco anos e, antes de começar a praticar o esporte, tive que fazer vários testes. Também, o atletismo me ajudou a combater questões respiratórias como rinite e sinusite”, conta.
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O apoio da família para incentivar os jovens é fundamental. Segundo o professor Mário, atletas que recebem suporte dos pais tendem a competir melhor. “Onde a família está presente, os alunos têm melhores resultados e acabam indo mais longe no esporte. A presença dos pais é fundamental na caminhada do estudante que sonha se tornar atleta”, disse.
É justamente esse apoio que faz diferença na vida de Gustavo. Inspirado a começar no esporte por meio do irmão, que por alguns anos também competiu, o suporte da família é fundamental para o seu desenvolvimento. “A minha família sempre me apoiou, sempre esteve nas competições que vou a nível nacional e estadual. Também, sempre se preocupam com o meu desempenho esportivo e de saúde, e isso faz eu querer melhorar”, destaca.
O jovem, que recebe o benefício bolsa atleta do Governo Federal como apoio financeiro, tem como maior sonho participar dos Jogos Olímpicos. Para chegar lá, Gustavo se dedica profundamente dentro e fora dos treinos, seja com rotina de alimentação, sono e condicionamento físico.
Créditos do texto/imagem: Portal ABC Mais.