Na manhã deste sábado, o juiz plantonista João Carlos Leal Júnior decretou a prisão temporária, por 30 dias, da mulher suspeita de matar sua filha de 9 anos na cidade de Guaíba, no Rio Grande do Sul. A decisão atendeu a um pedido da polícia, que argumentou ser a prisão essencial para o prosseguimento das investigações, buscando esclarecer os detalhes do crime e identificar possíveis coautores.
A suspeita, conforme a polícia, é de que a mãe tenha cometido o crime de tortura contra a filha, cujo corpo foi encontrado na manhã da última sexta-feira (9) dentro de um contêiner de lixo, próximo a uma escola em Guaíba. A prisão temporária, aprovada pelo Ministério Público, baseia-se em indícios de que a mulher teria agido com a intenção de matar, intenção essa que já havia sido manifestada anteriormente em outras ocasiões.
Em sua decisão, o juiz considerou que há elementos suficientes nos autos que justificam a prisão temporária da investigada, ressaltando que a mãe submetia a filha a intenso sofrimento físico e mental, caracterizando práticas reiteradas de maus-tratos, abandono de incapaz e tortura. A medida visa não apenas proteger a integridade das investigações, mas também garantir a segurança de outras possíveis vítimas.
“Dito isso, como se percebe da análise dos autos, em relação ao pedido de prisão temporária, entendo ser adequada e suficiente a decretação, para o prosseguimento das investigações e apuração da autoria do delito de homicídio, ora investigado. Com efeito, verifica-se que é hipótese de decretar a prisão temporária”, declarou o magistrado em sua decisão.
Durante depoimento na delegacia, a suspeita admitiu que, no dia dos fatos, administrou um medicamento controlado à filha sem orientação médica, e que, ao acordar, percebeu que a menina não estava em casa, mas voltou a dormir. Ela também mencionou que a porta de sua casa estava quebrada, o que impossibilitava trancá-la com chave.
Segundo a polícia, a mãe não demonstrou surpresa ao ser informada sobre a localização de um corpo que poderia ser o da filha. Além disso, a autoridade policial relatou que, em vez de expressar tristeza ou choque, a investigada mostrou raiva ao ser considerada suspeita pelo crime.
Fonte: Portal Leouve.