13/08/2024 às 08h14min - Atualizada em 13/08/2024 às 08h14min

Polícia Civil aponta "mãe" como a responsável pela morte de menina encontrada morta em contêiner de lixo, em Guaíba/RS

Relatos apontam que ela dormia em um carro na rua, se alimentava de restos, entre outras situações chocantes.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul acredita que a mãe de Kerollyn Souza Ferreira, de apenas nove anos, tenha responsabilidade pela morte da menina, cujo corpo foi encontrado dentro de um contêiner de lixo em Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O incidente ocorreu na sexta-feira (9) e, no dia seguinte, Carla Carolina Abreu Souza, mãe da vítima, teve sua prisão temporária decretada.

 

A delegada responsável pelo caso abriu um inquérito sob a suspeita de tortura. Já o Ministério Público, ao apoiar o pedido de prisão, apontou indícios de homicídio. O chefe da Polícia Civil do estado, delegado Fernando Sodré, afirmou que a mãe deve ser responsabilizada de alguma forma, citando o Artigo 13 do Código Penal, que trata da omissão de socorro. Segundo ele, a criança vivia em estado de abandono.

 

"Ela dormia em um carro abandonado, próximo à casa e à escola, e estava solta, sem qualquer cuidado", declarou Sodré.

 

O pai da menina, Matheus Ferreira, confirmou o relato de abandono, dizendo que vizinhos informaram que Kerollyn dormia e se alimentava na rua. Ele expressou surpresa e tristeza ao saber das condições em que a filha vivia.

 

Kerollyn morava com a mãe e os irmãos em Guaíba, enquanto o pai residia em Santa Catarina. Segundo Matheus, ele havia proposto cuidar da filha em diversas ocasiões, mas a mãe nunca aceitou. A Polícia Civil sustenta que Carla teria torturado a filha, levando à sua morte, o que motivou o pedido de prisão temporária por 30 dias para aprofundar as investigações.

 

O Ministério Público também se manifestou a favor da prisão, indicando que a mãe pode ter tido participação direta ou indireta na morte da filha. Depoimentos e documentos apresentados à Justiça sugerem que a menina era submetida a sofrimento físico e mental, caracterizando práticas de maus-tratos, abandono e tortura, conforme análise do juiz João Carlos Leal Júnior.

 

A perícia inicial não encontrou sinais de violência no corpo de Kerollyn, e a polícia aguarda o resultado de exames para determinar a causa da morte. A mãe, em depoimento, admitiu ter administrado um medicamento controlado à filha sem orientação médica e afirmou que, após não encontrar a criança em casa ao acordar, voltou a dormir. As autoridades destacaram que a mulher não demonstrou surpresa ao ser informada da localização de um corpo possivelmente da filha e reagiu com raiva ao ser considerada suspeita.



Fonte: G1.

 


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Error
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp