A Polícia Civil está apurando uma denúncia de maus-tratos que teria ocorrido em uma escola localizada em Carazinho, na região norte do Rio Grande do Sul. Uma professora é acusada de agredir fisicamente um aluno de três anos, com imagens de câmeras de segurança supostamente flagrando a ação violenta.
O incidente teria ocorrido na última semana, quando as câmeras de monitoramento da escola capturaram a professora deixando a criança em um ambiente escuro após a turma sair da sala. A diretora da escola confirmou que, ao ser informada por uma funcionária, revisou as imagens e constatou a agressão.
“Ao retornar de uma reunião na Secretaria de Educação, fui informada por uma funcionária sobre o que ela presenciou. Revisamos as imagens do vídeo monitoramento e confirmamos o ocorrido”, relatou a diretora.
A Secretaria Municipal de Educação de Carazinho reagiu rapidamente ao caso, solicitando o afastamento imediato da professora, que não compareceu ao trabalho desde a última sexta-feira (9) e não apresentou justificativa para sua ausência. Em nota, a secretaria classificou o incidente como um “fato isolado” e garantiu que as providências legais estão sendo tomadas.
“A situação está sendo tratada com a seriedade que merece, e o Departamento Jurídico da Prefeitura, junto à Secretaria de Educação, está averiguando os fatos para garantir a justiça e a proteção das crianças envolvidas”, afirmou a nota oficial da prefeitura.
Defesa da professora e impactos na família da vítima
O advogado da professora acusada declarou que sua cliente está sendo injustamente acusada e que as imagens apresentadas são parciais. “As imagens totais irão comprovar a sua inocência. Peço à população que tenha certeza de que nada de errado aconteceu, e tudo será esclarecido”, disse o advogado.
Por outro lado, a mãe do menino relatou que seu filho está traumatizado e com medo de lugares escuros, além de apresentar mudanças comportamentais significativas desde o incidente. “Ele começou a fazer necessidades nas calças, ficou agitado, mais autoritário e chorão. Inicialmente, achei que fosse apenas birra, mas agora sabemos que ele pode ter sido agredido”, lamentou a mãe.
Investigação em andamento
A Polícia Civil de Carazinho segue com as investigações, ouvindo testemunhas e reunindo provas. O inquérito deve ser concluído em até 30 dias, enquanto a Secretaria de Educação realiza um processo interno que pode resultar na exoneração da professora, com um prazo de até 90 dias para a conclusão.
Esse caso acendeu o alerta sobre a importância da vigilância e do cuidado nas instituições de ensino, reforçando a necessidade de procedimentos rigorosos para garantir a segurança das crianças.