Em nova avaliação, o ECDC informou que o risco de transmissão sustentada entre europeus é "muito baixo", mas deve haver mais casos importados de países africanos, onde um surto da nova variante está em expansão. O ECDC recomendou que os casos importados sejam rapidamente diagnosticados e tratados para não haver transmissão local da nova cepa.
Devido ao grande fluxo de viagens entre países da Europa e da África, o ECDC recomendou que os países da União Europeia publiquem orientações de viagem para pessoas que estão em áreas afetadas pelo surto da mpox no continente africano. A probabilidade de infecção nesses casos foi avaliada pela entidade como "alta".
"Como resultado da rápida propagação deste surto na África, o ECDC aumentou o nível de risco para a população em geral na União Europeia e para viajantes para áreas afetadas", afirmou a diretora do centro, Pamela Rendi-Wagner. "Devido às estreitas ligações entre Europa e África, devemos estar preparados para mais casos importados da nova variante."
Na última quarta-feira, 14, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o novo surto uma "emergência pública de saúde de interesse internacional". Desde que a nova variante foi registrada pela primeira vez na República Democrática do Congo (RDC), já foram confirmados casos em Burundi, Quênia e Ruanda, além do caso da Suécia.
De acordo com dados do CDC, já foram registrados no continente africano 38.465 casos de mpox e 1.456 mortes desde janeiro de 2022 - mas os números englobam diferentes cepas virais. O vírus é transmissível por contato muito próximo e relações sexuais.
Os sintomas da mpox, que antes era conhecida como varíola dos macacos, costumam aparecer de seis a 13 dias após a infecção e consistem em febre, dor de cabeça, dor muscular e lesões na pele. A maioria das pessoas apresenta sintomas brandos a moderados. Entretanto, indivíduos com o sistema imunológico prejudicado podem desenvolver casos mais graves.
Créditos: Portal R7.