O irmão da aposentada Tereza de Jesus Almeida de Oliveira, que morreu durante incêndio à residência na madrugada desta quinta-feira (22), em Estância Velha, revela que os últimos anos têm sido de notícias tristes para a família, que há cerca de 20 anos trocou o município de Giruá, nas Missões, pela região do Vale do Sinos.
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José Almeida de Oliveira, 64 anos, conta que, de sete irmãos, só três seguem vivos. Os outros quatro, incluindo Tereza, morreram nos últimos quatro anos.
Dois destes irmãos faleceram vítimas de Covid-19, durante o pico da doença no Brasil. “Os últimos anos foram trágicos para a família. Já tinha perdido dois irmãos para o Covid, o que foi algo duro para a família. Mas a morte da Tereza é daquelas que impactam pela forma que ocorreu”, explica.
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Oliveira soube do incêndio ainda na madrugada. Ele saiu de Novo Hamburgo, onde reside atualmente, e foi até a casa de Tereza para entender o que havia acontecido. “Infelizmente, quando cheguei, não havia mais o que fazer. Estamos todos em choque, tristes com o que aconteceu. É algo muito dolorido”, afirma.
O incêndio foi registrado por volta das 3h30, em uma casa de alvenaria na Rua Manaus, no bairro Lago Azul. A aposentada Tereza de Jesus Almeida de Oliveira, 68, residia sozinha no imóvel.
O corpo da vítima foi localizado no quarto, no canto onde ficava a cama, o que indica que a idosa estava dormindo no momento em que o incêndio atingiu o imóvel. Somente o Instituto-Geral de Perícias (IGP) poderá determinar a causa do incêndio.
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Tereza residia em Estância Velha há 20 anos, e por 15 anos manteve união estável com João Walter Cibulski, 65, mas o relacionamento chegou ao fim. Cibulski soube da morte de Tereza pela irmã e então foi até o local onde residiu por tantos anos com a aposentada.
“Construímos essa casa juntos. Nosso casamento não deu mais certo, mas isso não anula meu sentimento de tristeza com a notícia da morte dela, pois vivemos muitos anos juntos”, coloca.
A casa em que a aposentada residia ficou totalmente destruída pelo fogo. O telhado foi abaixo depois das chamas destruírem as tesouras. “Parecia que estava dando um tiroteio aqui na frente quando o telhado [de fibrocimento] começou a estourar”, recorda o vizinho Walter Bueno.
Isaías Rheinheimer/GES-Especial
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Ao sair para tentar socorrer Tereza, Bueno observou que o fogo estava se alastrando para a casa ao lado.
“Eu e outros vizinhos começamos a gritar para acordar esses moradores. Tereza não deu qualquer sinal, nem o cachorro dela latiu. Pelo menos conseguimos acordar os moradores da casa ao lado, que saíram sem se ferir”, revela.
Créditos do texto/imagem: Portal ABC Mais.
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