Um homem foi condenado a 49 anos e oito meses de prisão pelo Tribunal do Júri de Canoas na última quinta-feira (22), por três homicídios qualificados e ocultação de cadáveres. A sentença veio após denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), que também indicou a participação de um comparsa, condenado a quatro anos de reclusão por envolvimento em um dos crimes. Este último, acusado de lesão corporal seguida de morte, poderá recorrer em liberdade.
Os crimes ocorreram em 2018, e os corpos das vítimas foram descobertos em uma área de matagal na Avenida Guilherme Schell, em Canoas, entre novembro e dezembro de 2019. O condenado, que trabalhava como caseiro em um imóvel na região, agiu com extrema violência, utilizando métodos cruéis como pauladas e golpes com barra de ferro.
As vítimas incluem Leila dos Santos Miguel, 35 anos, colega de trabalho do caseiro; Gilmar Pedro Rodrigues de Oliveira, 29, sobrinho do acusado; e Marcelo Gomes Franceschina, 25 anos. Leila foi morta por motivo fútil, Gilmar por temer que ele denunciasse o primeiro assassinato, e Marcelo durante uma discussão.
Após os homicídios, o caseiro queimou os corpos e os ocultou no terreno. A descoberta dos cadáveres só ocorreu após mais de um ano, quando a irmã de uma das vítimas forneceu informações cruciais à polícia. O promotor de Justiça Rafael Russomanno Gonçalves destacou a brutalidade dos crimes durante o julgamento.
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