04/09/2024 às 08h27min - Atualizada em 04/09/2024 às 08h27min

Prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, é preso em operação que investiga concessão de serviços funerários

Clésio é sócio-proprietario de rádios, agricultor e já foi eleito deputado estadual de Santa Catarina.

Na manhã desta terça-feira (3), Clésio Salvaro (PSD), atual prefeito de Criciúma, foi preso preventivamente em uma operação que investiga possíveis irregularidades na concessão de serviços funerários na maior cidade do Sul de Santa Catarina. Aos 61 anos, Salvaro nega as acusações que motivaram sua prisão.

Conhecido por sua trajetória marcada por polêmicas relacionadas a gênero, liberdade de expressão e religião, Salvaro já foi alvo de investigações do Ministério Público por supostos danos à dignidade humana. Sua prisão ocorre a menos de três meses do término de seu segundo mandato consecutivo como prefeito, já que não pode concorrer à reeleição. Salvaro foi eleito pela primeira vez em 2016 e reeleito em 2020, tendo também governado a cidade entre 2009 e 2012.

Além do prefeito, outras nove pessoas foram detidas na operação, que segue em sigilo. Até o momento, não foram divulgados detalhes sobre os crimes específicos atribuídos aos envolvidos. Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a ação faz parte da Operação Caronte, desencadeada em agosto deste ano. As investigações apontam para crimes como organização criminosa, fraudes em licitações e contratos, corrupção e infrações contra a ordem econômica.

 
A trajetória política de Clésio Salvaro
 

Clésio Salvaro começou sua carreira política no final dos anos 1980, como vereador em Siderópolis, cidade vizinha a Criciúma. Ele foi reeleito para um segundo mandato e chegou a presidir a Câmara Municipal entre 1993 e 1994. Após tentativas fracassadas de se eleger deputado estadual em 1994 e 1998, conseguiu uma vaga na Assembleia Legislativa de Santa Catarina em 2002, sendo reeleito para um segundo mandato em 2006.

Salvaro renunciou ao cargo de deputado estadual em 2008 para concorrer à prefeitura de Criciúma, onde foi eleito. Governou a cidade entre 2009 e 2012, mas teve sua candidatura à reeleição cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa. A cassação ocorreu devido a um episódio de abuso de poder político em 2008, relacionado a uma cerimônia de casamento coletivo que contou com o apoio do Tribunal de Justiça de Santa Catarina.

Apesar desse revés, Salvaro voltou a concorrer à prefeitura de Criciúma em 2016 e novamente em 2020, sendo eleito em ambas as ocasiões.


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