Diante da situação de crise na Venezuela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou uma reunião de emergência neste domingo no Palácio do Planalto. De acordo com o colunista Jamil Chade, do site UOL, o governo brasileiro avaliou que apesar dos esforços para mediar a crise e buscar uma solução política, a tensão entre Brasil e Venezuela aumentou. A decisão de Caracas de romper unilateralmente o acordo para preservar a embaixada da Argentina foi interpretada como um sinal de distanciamento entre os países.
Após a eleição de julho, o governo argentino denunciou irregularidades no voto em Caracas, o que levou à expulsão dos diplomatas argentinos por Nicolás Maduro. O Brasil assumiu a embaixada em um acordo com o regime venezuelano, mas o cerco à embaixada e a suspensão do acordo foram recebidos com surpresa pelo governo brasileiro. A narrativa de Maduro sobre o exílio de seu principal opositor, Edmundo Gonzalez, também foi criticada.
O Brasil defendia um espaço de diálogo entre a oposição e o governo venezuelano, acreditando que a prisão ou exílio de Gonzalez não eram as melhores soluções. A situação se complicou com a ausência de importantes interlocutores da política externa brasileira, como Celso Amorim, em Moscou, e o chanceler Mauro Vieira, em viagem ao Oriente Médio.
A reunião com Lula contou com a presença de assessores e da secretária-geral do Itamaraty, Maria Laura da Rocha, para discutir as próximas ações diante da crise diplomática com a Venezuela.
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