A “chuva preta” deve aparecer em Erechim nos próximos dias.
Prevista para o final desta quinta-feira e provavelmente a se estender até o domingo, a chuva deve “limpar” o céu erechinense e permitir o afastamento da fuligem e da fumaça das queimadas que ainda ocorrem de maneira intensa, principalmente nas regiões do pantanal e da Amazônia.
Municípios como Arroio Grande, São Lourenço do Sul, Pelotas e São José do Norte, na região sul do Rio Grande do Sul registram um fenômeno chamado "chuva preta" nessa terça-feira, 10. A cidade de São Paulo tem atingido níveis recorde de poluição e o governo orienta o uso de máscaras e evitar atividades ao ar livre. Quase todo o Estado está sob alerta para o risco de novas queimadas.
"Há uma camada densa de fumaça espalhada por grande parte da América do Sul, inclusive no Brasil, e a "chuva preta" é resultado desta queima incompleta de material orgânico, de combustível fóssil. Essa queima gera o carbono negro, uma fuligem (nanopartículas pretas), e por isso são transportadas facilmente por correntes de vento, nos baixos níveis da atmosfera", disse Estael ao Estadão.
A MetSul meteorologia destaca que no decorrer do dia, a frente fria avança pelo Rio Grande do Sul e leva chuva até o fim do dia para quase todo o estado. Por isso, o tempo deve se estabilizar com chuva ao longo da quinta-feira em Porto Alegre e região metropolitana com mais chuva da tarde para a noite. Ao avançar pelo território gaúcho, a frente pode provocar chuva moderada a forte em diversos pontos e há um risco baixo de tempo severo, de forma que não se pode afastar a possibilidade de alguns temporais isolados com raios e, sobretudo, queda de granizo localizada.
A avaliação da MetSul Meteorologia é de que todas as regiões do Rio Grande do Sul podem ter registro de chuva preta entre hoje e amanhã durante a atuação da frente fria. Isso porque todo o estado está coberto de fumaça com material particulado em grande quantidade na atmosfera.