13/09/2024 às 10h37min - Atualizada em 13/09/2024 às 10h37min

Brasil perdeu 11,39 milhões de hectares em incêndios em 2024

Em São Paulo, o número de incêndios subiu 2.510% em relação à média de agosto dos últimos seis anos

Os incêndios florestais no Brasil consumiram 11,39 milhões de hectares entre janeiro e agosto de 2024, de acordo com o relatório do Monitor do Fogo, divulgado nesta quinta-feira (12). Somente em agosto, o fogo devastou 5,65 milhões de hectares, correspondendo a 49% de toda a área destruída neste ano.

Grande parte dos incêndios ocorreu em áreas de vegetação nativa, que representaram 70% das regiões afetadas. As áreas campestres foram as mais prejudicadas, com 24,7% da área queimada, seguidas pelas formações savânicas (17,9%), florestais (16,4%) e campos alagados (9,5%). As pastagens também foram duramente atingidas, somando 21,1% das áreas incendiadas.

Os Estados de Mato Grosso, Roraima e Pará, situados na região amazônica, concentraram 52% dos incêndios registrados no país, com um total de 5,4 milhões de hectares destruídos.

No Pantanal, as queimadas atingiram 1,22 milhão de hectares, o que representa um aumento de 249% em relação à média dos últimos cinco anos. A Mata Atlântica perdeu 615 mil hectares, a Caatinga 51 mil hectares e os Pampas 2,7 mil hectares.

Agosto de 2024 se tornou o mês mais devastador desde o início da série histórica do Monitor do Fogo, em 2019. Comparado ao mesmo período de 2023, houve um aumento de 149% na área queimada, com 3,3 milhões de hectares a mais em chamas.

Além dos estados amazônicos, Mato Grosso do Sul e São Paulo também foram fortemente impactados. Em São Paulo, o número de incêndios subiu 2.510% em relação à média de agosto dos últimos seis anos, com 370,4 mil hectares queimados, principalmente em áreas agrícolas, como plantações de cana-de-açúcar.

Os biomas Cerrado e Amazônia concentraram a maior parte dos incêndios, respondendo por 43% e 35% da área total devastada, respectivamente. O aumento das queimadas no Cerrado, em particular, foi motivo de alerta, segundo Vera Arruda, coordenadora do Monitor do Fogo, que atribuiu a situação à estiagem e destacou o impacto na qualidade do ar nas cidades próximas.



 


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