Imagens de câmeras de segurança de um supermercado no Líbano registraram o momento de algumas das explosões de 'pagers' portáteis, que resultaram na morte de nove pessoas e deixaram cerca de 2.800 feridos, incluindo membros do grupo aliado Hezbollah.
As explosões ocorreram em um intervalo de pouco mais de uma hora. As gravações, que podem ser vistas na galeria acima, mostram duas dessas explosões: uma no momento em que um homem pagava suas compras e outra próxima a uma banca de frutas. As cenas são impactantes e podem ser perturbadoras para os leitores mais sensíveis.
De acordo com autoridades locais, as explosões foram atribuídas a um ciberataque israelense, no qual um grande número de 'pagers' foi detonado. O Hezbollah confirmou a morte de dois de seus membros e destacou que o ataque não fez distinção entre combatentes da resistência e civis.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Líbano anunciou que está preparando uma queixa formal ao Conselho de Segurança da ONU, acusando Israel de uma "escalada deliberada" de violência. A diplomacia libanesa afirmou que esse ataque coincide com as ameaças de Israel de expandir o conflito para o Líbano.
Em resposta, o Hezbollah emitiu um comunicado responsabilizando Israel pela "agressão criminosa" e prometendo uma "justa punição". Enquanto isso, o exército israelense declarou que está monitorando a situação, mas não mencionou mudanças nas diretrizes militares em relação ao Líbano ou ao Hezbollah.
Entre os feridos, está o embaixador do Irã em Beirute, Mojtaba Amani, que sofreu apenas ferimentos leves, conforme relatado pela televisão estatal iraniana.
Os Estados Unidos pediram ao Irã que evite ações que possam agravar as tensões entre Israel e o Hezbollah, alertando para o risco de uma escalada maior do conflito.
Segundo o ministro das Telecomunicações do Líbano, Johanny Corn, os 'pagers' que explodiram após superaquecimento das baterias faziam parte de um carregamento recente que chegou ao país.
O ataque ocorre em meio a intensos confrontos entre Israel e o Hezbollah desde 8 de outubro, quando o grupo libanês começou a lançar ataques em solidariedade ao Hamas, que está envolvido em um conflito com Israel na Faixa de Gaza. O constante fogo cruzado forçou cerca de 60.000 pessoas a abandonar suas casas no Líbano.
Desde o início desses confrontos, mais de 650 pessoas já morreram, a maioria do lado libanês, com o Hezbollah confirmando cerca de 400 baixas, incluindo algumas na Síria. Em Israel, 50 mortes foram registradas no norte do país, entre soldados e civis, incluindo 12 menores, vítimas de ataques nos Montes Golã, região ocupada na Síria.
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Créditos: Portal R7.