Em uma operação conjunta realizada na quarta-feira (18), a Polícia Federal prendeu em flagrante o responsável por uma propriedade rural em Candelária, no interior do Rio Grande do Sul, sob a acusação de submeter trabalhadores a condições análogas à escravidão. A ação contou com a colaboração da Polícia Civil, do Ministério Público do Trabalho, do Ministério do Trabalho e do Conselho Tutelar.
A fiscalização foi conduzida por órgãos especializados no combate ao trabalho escravo, que confirmaram as denúncias no local. Os envolvidos foram encaminhados à delegacia da Polícia Federal em Santa Cruz do Sul para prestar depoimento.
Durante a operação, três trabalhadores foram resgatados da propriedade rural. Eles estavam sendo mantidos em condições degradantes, vivendo em habitações precárias e impedidos de deixar o local devido a dívidas. Segundo relatos, os trabalhadores recebiam apenas R$ 200 por ano pelos serviços prestados.
Após os procedimentos legais, as vítimas receberam assistência social no município de Candelária.
Diante do temor manifestado pelos trabalhadores de possíveis represálias, como ameaças ou violência, a Justiça Federal acatou o pedido da Polícia Federal e impôs uma medida cautelar ao proprietário, proibindo qualquer contato com os trabalhadores resgatados. Caso a medida seja descumprida, a prisão preventiva poderá ser decretada.
Além disso, a operação resultou na apreensão de quatro armas de fogo — dois revólveres, um fuzil e uma espingarda — além de 33 munições de calibre 38. Uma das armas apresentava numeração suprimida, o que levou o acusado a ser indiciado também por posse ilegal de arma de fogo, incluindo armamento de uso restrito.
As investigações começaram após a Polícia Civil de Candelária receber uma denúncia envolvendo violência doméstica e trabalho escravo, o que levou à expedição de mandado de busca e apreensão no local.
Créditos: PF.
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