03/10/2024 às 10h01min - Atualizada em 03/10/2024 às 10h01min

Morre aos 97 anos o icônico jornalista Cid Moreira

Cid Moreira marcou a história da TV brasileira como âncora do *Jornal Nacional*, da Rede Globo, onde permaneceu por 26 anos.

O jornalista, locutor e apresentador Cid Moreira faleceu nesta quinta-feira (3), aos 97 anos. Reconhecido como uma das vozes mais emblemáticas da televisão brasileira, ele estava internado em um hospital de Petrópolis, no Rio de Janeiro, onde tratava de uma pneumonia.

Cid Moreira marcou a história da TV brasileira como âncora do *Jornal Nacional*, da Rede Globo, onde permaneceu por 26 anos. Durante esse período, apresentou cerca de 8 mil edições do telejornal, desde a estreia, em setembro de 1969.

A trajetória de Moreira começou no rádio em 1944, quando, incentivado por um amigo, fez um teste de locução na Rádio Difusora de Taubaté. Nos anos seguintes, entre 1944 e 1949, trabalhou narrando comerciais até se transferir para São Paulo, onde atuou na Rádio Bandeirantes e na agência Propago Publicidade.
 
Vida e Carreira

Filho de Isauro Moreira, bibliotecário, e Elza Moreira, dona de casa, Cid Moreira nasceu em Taubaté, São Paulo, e iniciou sua carreira profissional no rádio. Em 1951, mudou-se para o Rio de Janeiro e foi contratado pela Rádio Mayrink Veiga, onde deu os primeiros passos na televisão, apresentando comerciais ao vivo e programas como *Além da Imaginação* e *Noite de Gala* na TV Rio.

Sua estreia como locutor de telejornais aconteceu em 1963, no *Jornal de Vanguarda*, da TV Rio. Esse marco foi o início de sua longa jornada no jornalismo televisivo, com passagens por emissoras como Tupi, Excelsior e Continental, onde consolidou sua presença na televisão.
 
Consolidação na TV Globo

Em 1969, Cid Moreira foi contratado pela TV Globo para substituir Luís Jatobá no *Jornal da Globo*, um noticiário que ia ao ar diariamente. No mesmo ano, integrou a equipe pioneira do *Jornal Nacional*, o primeiro telejornal em rede no Brasil. Na estreia, dividiu a bancada com Hilton Gomes, e, dois anos depois, iniciou uma parceria de longa data com Sérgio Chapelin.

Ao longo de mais de duas décadas, Cid Moreira tornou-se um dos principais rostos do *Jornal Nacional*, símbolo de credibilidade e imparcialidade no jornalismo brasileiro. Em 1996, após uma reformulação no telejornal, ele deixou a bancada, passando a dedicar-se à leitura de editoriais.

Cid Moreira deixa um legado inquestionável na comunicação brasileira, sendo lembrado por sua voz marcante e por sua contribuição à história da televisão.

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