Imagem gerada por meio de inteligência artificial.Um médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi detido na terça-feira (29) sob suspeita de ter assassinado sua esposa, uma enfermeira. O caso, ocorrido em Canoas, está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) do município.
Segundo a Polícia Civil, o crime teria ocorrido em 22 de outubro. O médico teria comunicado à família da vítima que ela havia falecido, o que levou os familiares a irem ao apartamento do casal. Ao chegarem ao local, foram informados que um outro médico já havia assinado um atestado de óbito indicando que a enfermeira teria morrido de um infarto agudo do miocárdio. Desconfiados da versão, os familiares acionaram a polícia, exigindo uma autópsia para esclarecimento dos fatos.
O delegado Arthur Hermes Reguse, titular da DHPP de Canoas, explicou à RBS TV que, ao inspecionar o local, os agentes encontraram algumas inconsistências na cena. “Havia indícios que não eram compatíveis com o infarto relatado. O corpo havia sido movido, e encontramos um pote de sorvete próximo à vítima”, afirmou. Além disso, o marido, segundo Reguse, parecia nervoso e preocupado com a segurança do próprio carro, o que chamou a atenção dos investigadores.
O pote de sorvete encontrado ao lado do corpo foi submetido a exames periciais pelo Instituto Geral de Perícias (IGP), que detectaram a presença de zolpidem, um sedativo comumente usado para induzir sono. A Polícia Civil acredita que o médico possa ter administrado o medicamento à esposa para deixá-la inconsciente. "Há indícios de que o suspeito usou substâncias de uso restrito hospitalar do SAMU, que comprometeram a respiração da vítima, levando-a ao óbito. A droga exige ventilação imediata em casos de possível parada respiratória", detalhou o delegado.
As identidades do casal não foram divulgadas, e a investigação continua em andamento para elucidar as circunstâncias da morte e confirmar a suspeita de homicídio.
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