Uma ampla operação coordenada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) resultou na apreensão de 58.482 peixes ornamentais geneticamente modificados, que estavam sendo comercializados de forma irregular em oito estados e no Distrito Federal.
Durante duas semanas de março, os agentes do Ibama se mobilizaram para combater o comércio ilegal dessas espécies, com ações em Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e no DF. Muriaé, cidade da Zona da Mata mineira, foi um dos principais focos da fiscalização, após o registro de peixes transgênicos vivendo em rios da região em 2022.
Os peixes apreendidos pertencem às espécies paulistinha (Danio rerio), tetra-negro (Gymnocorymbus ternetzi) e beta (Betta splendens), que foram modificadas geneticamente com genes de águas-vivas e anêmonas para emitirem fluorescência sob luz ultravioleta. Esse efeito luminescente tem tornado essas variedades especialmente populares entre os aquaristas, apesar de sua comercialização ser proibida no país.