O retorno das chuvas, após o período seco durante a maior parte de março, beneficiou as lavouras de soja em florescimento (3%), em enchimento de grãos (19%) e em maturação (39%), promovendo a recuperação da umidade nos grãos e da turgidez foliar. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar, apesar das interrupções na colheita, a operação avançou rapidamente de 24% para 39% da área cultivada, acompanhando a antecipação do ciclo fenológico.
Com o andamento da colheita, confirma-se a redução dos rendimentos, consequência do déficit hídrico durante o enchimento de grãos. A produtividade média está estimada em 2.240 kg/ha, mas há ampla variação: algumas lavouras foram abandonadas, e outras superam 5 mil kg/ha. Em termos geográficos, as lavouras mais afetadas concentram-se no Centro e Oeste do Estado; já no Quadrante Nordeste, estão mais próximas do potencial produtivo inicial. Entretanto, há grande variabilidade nos resultados, mesmo dentro de uma mesma região, em função das chuvas localizadas e das diferenças no ciclo das cultivares.