Aos 61 anos, Adilar Stanqueviski é o personagem mais carismático das arquibancadas do Ginásio Dolivar Lavarda — um microempresário que veste batina nos jogos e se tornou conhecido no Paraná.
A batina toda preta, o enorme crucifixo sobre o peito tornam fácil identificar o torcedor mais fiel do futsal de Pato Branco.Aos 61 anos, Adilar Stanqueviski é o padre que abençoa as equipes locais do alto das arquibancadas do Ginásio Dolivar Lavarda.
Mas a verdade é que Adilar só é padre da porta do ginásio pra dentro. Fora, ele deixa de lado o traje religioso e trabalha com sua micro empresa de limpeza de persianas.
Nascido em Mariópolis, Adilar acompanha o futsal pato-branquense desde os tempos de Grêmio Industrial, entre as décadas de 1980 e 90. “Meu irmão Adilson jogou no Grêmio e através dele convivi com o Dolivar Lavarda. Naquela época, meu irmão foi agenciador de atletas e eu vivia por dentro do futsal. Aprendi a gostar e amo esse esporte”, diz.
Mas a história de vestir de padre só começou em 2019. Na época, ele trabalhava como vigia na Unidep. Por ali, anualmente participava do teatrinho de festa junina. No casamento caipira, ele era o… padre. “Todo mundo entrava na brincadeira. Num dia, falei pra um colega que iria vestido de padre e ele me disse: ‘vai dar mídia nacional’. Pensei, ‘então, não vou’. A Unidep ganhava quatro ou cinco carteirinhas pros funcionários assistirem aos jogos”, recorda.