A Conmebol não quis nem saber do estilo irreverente. Nesta quinta-feira (5), puniu em 50 mil dólares — cerca de R$ 280 mil — o técnico Segundo Castillo, do Barcelona de Guayaquil, por prática de marketing de emboscada na Libertadores 2025. O episódio aconteceu na derrota para o River Plate, em 8 de maio, quando o treinador apareceu na beira do gramado vestindo um terno de pele de onça e, por cima, um broche de uma casa lotérica, sem vínculo oficial com o torneio. O clube também foi multado em mais 10 mil dólares por falhas estruturais no estádio.
A punição se apoia no artigo 6.3.3 do manual da Libertadores, que protege os patrocinadores oficiais do torneio. O chamado "ambush marketing" é uma velha dor de cabeça nas grandes competições. E Castillo, que até já virou meme por seus trajes excêntricos, extrapolou os limites do regulamento.
A repercussão correu ligeiro, sobretudo em países com tradição forte no futebol sul-americano. No Equador, há quem veja a multa como exagero. Mas quem conhece a régua pesada da Conmebol sabe: essa história não é novidade. Lá em 2017, o Corinthians já havia sido advertido por uma ação parecida, quando exibiu um banner não autorizado na coletiva da Sul-Americana.