19/05/2022 às 19h51min - Atualizada em 20/05/2022 às 00h02min

Servidores: Bolsonaro recua e diz que reajuste de 5% não está definido

Presidente disse que governo deve se reunir com respectivos presidentes dos sindicados dos servidores para tratar sobre o tema

Metrópoles
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou atrás e disse, nesta quinta-feira (19/5), que o reajuste no valor de 5% a todos os servidores públicos do país ainda não está definido. Em março, as alas política e econômica do governo concordaram em conceder reajuste linear para todos os servidores federais ainda em 2022.

Porém, Bolsonaro reconhece que a União não dispõe de recursos para atender à demanda. “A gente se esforça para dar um reajuste, que eu sei que é pequeno para os servidores. Há uma sugestão, não está batido o martelo, vou deixar claro, de 5%. Isso equivale a mais cortes nos ministérios de R$ 7 bilhões”, afirmou o chefe do Executivo federal, durante sua transmissão ao vivo nas redes sociais.

Segundo o presidente, o governo deve ter uma reunião com os respectivos presidentes dos sindicados dos servidores para tratar sobre o assunto. “É 5% para todo mundo? Não atende à Polícia Rodoviária Federal, para evitar que [eles] entrem em greve”, disse.

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Bolsonaro lamentou o que chamou de “defasagem” de várias categorias do funcionalismo público, como agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). “Agora, é triste falar isso aí. Tem gente que ganha no teto e quer mais reajuste. Se tivesse recurso, eu daria. Mas a proposta nossa, no momento, não temos como ir além. Estou no limite aqui”, observou.

“Se alguém me arranjar de onde eu tirar recurso, eu dou 10, dou 15, dou 20 [por cento], sem problema nenhum. Eu estou no limite aqui”, ressaltou.

Custo de de R$ 6 bilhões

A decisão do governo federal de conceder reajuste salarial de 5% para todos os servidores públicos federais a partir de julho foi antecipada, em abril, pela coluna do Igor Gadelha, no Metrópoles. Ela teria sido tomada numa reunião entre ministros do governo na Casa Civil, pasta comandada pelo senador licenciado Ciro Nogueira. O custo estimado para a medida seria de cerca de R$ 6 bilhões somente em 2022.

O Orçamento da União para este ano, porém, só tem reservado para aumento salarial de servidores o valor de R$ 1,7 bilhão. Com isso, a administração pública teria que remanejar recursos de outras áreas para bancar o reajuste linear para todas as categorias do funcionalismo federal.

Entenda

Em janeiro, Bolsonaro sancionou, com vetos, o Orçamento de 2022. De acordo com a publicação, o chefe do Executivo federal concedeu reajustes salariais a servidores públicos. A iniciativa custará R$ 1,7 bilhão.

A peça orçamentária, contudo, não definiu em seu texto quais categorias seriam beneficiadas ou como os recursos deveriam ser aplicados.

A ideia inicial do governo era direcionar os recursos para agentes da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). A equipe econômica, na época, manifestou-se contra a medida, sob o argumento de que a concessão de reajuste poderia gerar pressões de outros setores do funcionalismo.

Com a expectativa de que apenas forças policiais recebessem o montante, outras categorias reagiram, o que levou o governo a temer greve geral em pleno ano eleitoral, quando o presidente Jair Bolsonaro tentará mais quatro anos à frente do Planalto.

Categorias como servidores do Banco Central, do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP) e a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) já mobilizaram movimentos para pressionar o governo.

Contra greves, governo prepara propostas para categorias insatisfeitas

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