24/06/2022 às 11h35min - Atualizada em 28/06/2022 às 00h00min

BNDES aprova primeiro financiamento para PPP de iluminação pública no valor de R$ 24 milhões

Projeto em Vila Velha, desenvolvido pela Splice, é pontapé inicial para parcerias, entre setor público e investidores, que visam soluções privadas à problemas públicos

SALA DA NOTÍCIA Bruna Pereira
Parcerias público-privadas (PPP) de iluminação pública realizadas em diversos municípios brasileiros contribuem para o desenvolvimento urbano, melhorando a cidade e as condições de vida de sua população. Um levantamento recente da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços de Iluminação Pública (ABCIP) mostra que os investimentos previstos para os próximos 20 anos somam cerca de R$ 18 bilhões. A ABCIP prevê que os projetos já implementados e em andamento cubram 7,1 milhões de pontos de luz em concessão no Brasil.

Na mira deste avanço, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprova o primeiro financiamento para PPP de iluminação pública do Brasil. O projeto em Vila Velha (ES) foi firmado entre a prefeitura da cidade e o Consórcio SRE – IP Vila Velha, liderado pela Splice, Grupo nacional atuante em diversos setores, e leiloado em agosto de 2020 na B3, ofertando mais de 62% de desconto em relação ao preço de referência do edital.

O financiamento aprovado pelo BNDES foi de R$ 24 milhões, mas o investimento total da Concessionária liderada pela Splice soma R$ 42 milhões, já aplicados, principalmente, na aquisição de luminárias e refletores de Led, projetos de iluminação especial nos principais pontos da cidade e na implantação de rede de monitoramento remoto - telegestão. Todo o investimento da primeira etapa do contrato de 20 anos já foi realizado pelo consórcio – em abril de 2022 a cidade já estava com 100% dos pontos modernizados.

Christian Davis, diretor da Splice, explica que a empresa será responsável pela modernização, expansão e manutenção da rede municipal de iluminação pública durante a vigência do contrato. São cerca de 37 mil pontos de iluminação da cidade, nos quais 50% contam com telegestão. “O projeto já alcançou uma economia de 63% de energia, acima do percentual exigido em contrato de 50%, além da melhoria na segurança pública com uma iluminação moderna e eficiente. A instalação de uma rede de telegestão abre portas para a implantação de diversas soluções de cidades inteligentes com o objetivo de melhorar ainda mais a cidade e as condições de vida da população”, diz Christian.

O diretor da Splice fala também sobre iniciativas desta magnitude e o desenvolvimento dos municípios. “Linhas de financiamento de longo prazo como as oferecidas pelo BNDES são fundamentais para a expansão do segmento. O mercado de PPPs de iluminação continua muito aquecido, com a entrada de diversos grupos de diferentes setores, o que tem feito com que os deságios praticados continuem em patamares elevados. A participação do BNDES e da Caixa na estruturação dos projetos também tem trazido mais segurança e transparência aos processos", comenta.

Com grande foco no setor de tecnologia, o Grupo Splice percebe no mercado de PPPs de iluminação pública uma grande oportunidade para implementar diversas soluções para cidades inteligentes por meio das redes de telegestão. "Seria um desperdício utilizar as redes de monitoramento remoto apenas para dimerizar e controlar as luminárias remotamente, podemos aproveitar a infraestrutura e implantar uma série de soluções que podem beneficiar diretamente a população, sem demandar novos investimentos do setor público", avalia Christian.

A iniciativa do BNDES, em parceria com municípios para o desenvolvimento de projetos no setor de iluminação pública, visa atuar como uma fábrica de projetos e serviços, na estruturação de parcerias com o setor público e investidores para dar soluções privadas a problemas públicos.
 
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