28/06/2022 às 13h45min - Atualizada em 28/06/2022 às 18h20min
Fertilidade: Pesquisa revela as diferentes fases da jornada da mulher
Estudo encomendado pela farmacêutica Organon aponta que falta conhecimento sobre planejamento reprodutivo para a mulher ter mais autonomia sobre suas escolhas
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Divulgação No mês mundial da conscientização sobre a fertilidade (junho), a farmacêutica Organon divulga um estudo, encomendado à empresa de consultoria e pesquisa Inception, sobre a jornada da mulher em relação à sua fertilidade. O objetivo era entender etapa por etapa as ações, pensamentos e sentimentos daquelas que buscam engravidar. Para isso, foram entrevistadas em profundidade 26 mulheres, 12 ginecologistas e 6 especialistas em fertilidade. O levantamento mostrou que a jornada pode ser mapeada em oito grandes momentos: pré-decisão, decisão, acompanhamento, tentativas, busca por ajuda, tratamento, novas tentativas e expectativas futuras. O resultado indica como um dos grandes vilões a falta de conhecimento suficiente sobre planejamento reprodutivo, ausente tanto nos discursos da mulher quanto nos de parte dos ginecologistas. Por muitas vezes, este assunto deveria ser abordado na fase anterior à decisão de querer engravidar, alertando que ser mãe nem sempre é tão natural quanto se imagina. Cada fase do estudo apresentou necessidades e pontos de atenção diferentes. E a jornada emocional também varia em cada uma delas. A fase de tentativa é a de maior impacto entre as mulheres em busca da gravidez. É quando ela se questiona pela primeira vez sobre a certeza da maternidade. E, muitas vezes, fica com o sentimento de culpa e com a sensação de ser menos mulher. “No começo da jornada, elas se sentem no controle da situação, têm certeza de que serão mães. No entanto, conforme vão acontecendo as tentativas, as preocupações começam a surgir, mas ainda sem ter ideia dos motivos que impedem a gravidez”, explica a diretora de Saúde Feminina da Organon, Andrea Ciolette Baes. É somente na quinta etapa que o especialista em fertilidade entra em cena. De acordo com a pesquisa, a busca por essa ajuda costuma demorar meses ou anos, iniciando a corrida contra o relógio biológico feminino. Tudo vai depender do tempo em que ela ficou somente nas consultas com o ginecologista, sem abordar em profundidade a questão de fertilidade, e na etapa de tentativas. Porém, é nesta fase, quando começa a fazer exames mais específicos e é informada sobre as possibilidades de tratamento, que a mulher volta a ter confiança e esperança no sonho de ser mãe. De acordo com a pesquisa, o tratamento em si começa rapidamente, cerca de 1 a 2 meses após a primeira consulta com o especialista, que vai recomendar o procedimento mais adequado à paciente após avaliação da futura mãe e seu parceiro ou parceira. A mulher faz aplicações, na maioria das vezes diárias, de hormônios no começo do ciclo menstrual. Durante esse período, são realizados ultrassons a cada 2 dias para analisar a maturação dos óvulos e, ao final do ciclo, há a coleta dos óvulos na clínica. Se a opção for a fertilização in vitro, após a fecundação, os embriões podem ser congelados ou pode-se optar pela transferência após 5 dias, em média. Uma semana depois do procedimento deve ser realizado o teste de gravidez. Se der negativo, novas tentativas se reiniciam. Embora a mulher não perca a esperança, ela fica muito abalada emocionalmente e nem sempre tem o acolhimento psicológico que merece. O estudo mostra, ainda, que é comum realizar até três tentativas. E que, em média a mulher pode realizar cinco delas para depois começar a pensar em adoção ou em ovo-doação. Apesar de se mostrar um pouco resistente a esses métodos, não desiste do sonho de ser mãe. Comprometida com o bem-estar e a saúde feminina nas diferentes etapas da vida reprodutiva, a Organon encomendou o estudo, pois se empenha em escutar ativamente as mulheres. “Ao ouvir o que elas têm a dizer, podemos entender melhor como ampliar o conhecimento sobre sua saúde, propor soluções para melhorar o acesso a tratamentos, fazer parcerias que tragam benefícios para aquelas que estão em situação de vulnerabilidade, entre outras iniciativas”, afirma Baes. Congelamento de óvulos O levantamento ainda mostra a jornada das mulheres que não querem engravidar imediatamente, mas querem garantir a possibilidade da maternidade futura. Neste caso, a opção é pelo congelamento de óvulos e os relatos diferem bastante daqueles das mulheres “tentantes”. Neste cenário, a primeira consulta com o especialista em fertilidade nem sempre implica em uma ação imediata. Mas, normalmente, só o fato de ir em busca da ajuda do especialista em fertilidade já faz ela sentir que está tirando um peso das costas por estar tomando controle sobre a sua decisão de engravidar. Tranquilidade e leveza são os sentimentos que acompanham a mulher ao longo desse processo. É claro que a fase do tratamento com hormônios é cansativa, mas ela pensa que vale a pena para que a maternidade não seja um problema no futuro. De um modo geral, se sente privilegiada e empoderada por ter tomado essa decisão. Por outro lado, apesar de ser a maneira mais segura para quem pretende adiar a maternidade, a pesquisa também aponta que muitas vezes falta às mulheres a informação de que o congelamento de óvulos por si só não é garantia de gravidez, deixando mais evidente a necessidade de trazer sempre a conversa sobre planejamento reprodutivo a cada consulta com o ginecologista. Sobre a Organon A Organon é uma empresa global de saúde com foco no desenvolvimento de medicamentos para mulheres. Seu propósito é contribuir para que as mulheres tenham mais saúde e bem-estar em todas as fases da vida. A companhia possui um portfólio de mais de 60 medicações em diversas áreas terapêuticas, como saúde reprodutiva, contracepção, doenças cardíacas e câncer de mama. Entre esses produtos, constam também biossimilares e medicamentos estabelecidos no mercado. Oriunda da farmacêutica MSD, a Organon tem atuação autônoma e cerca de 9 mil trabalhadores espalhados pelo planeta.