O guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, foi morto a tiros durante a sua festa de aniversário em Foz do Iguaçu, no Paraná, na madrugada de domingo (10). Os disparos foram feitos pelo policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho. Veja o que se sabe até agora sobre o crime:
Onde o crime aconteceu?
A festa era realizada na Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, na Vila A, e tinha como tema o PT e o ex-presidente Lula, que é pré-candidato ao Palácio do Planalto.
Quais são as possíveis motivações do assassinato?
O secretário de Segurança Pública de Foz do Iguaçu, Marcos Antonio Jahnke, informou que a Polícia Civil está investigando as motivações do crime. Ele afirmou que há a possibilidade de se tratar de um caso de intolerância política.
O boletim de ocorrência cita que Guaranho chegou ao local da festa gritando “aqui é Bolsonaro!”, segundo testemunhas.
Quem é Jorge Guaranho?
Jorge Guaranho se apresenta no Twitter como “policial penal federal, conservador e cristão”. Em diversas postagens, ele demonstra apoio ao presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.
Segundo a delegada Iane Cardoso, Guaranho é um dos diretores da associação onde ocorreu o assassinato.
Como o crime aconteceu?
Conforme relatos de testemunhas e imagens de câmera de segurança, Guaranho apareceu no local da festa pela primeira vez por volta das 23h de domingo. Ele estava de carro, acompanhado de uma mulher e de um bebê.
De dentro do veículo, com uma arma na mão, o policial penal teria gritado palavras de apoio a Bolsonaro e ameaçado o aniversariante e seus convidados.
A mulher que acompanhava Guaranho, segundo relatos, teria pedido para ele parar e ir embora. Depois disso, o atirador chegou a dizer que voltaria e mataria “todos vocês, seus desgraçados”. Imagens de uma câmera de segurança externa registraram o momento em que Guaranho discutiu com o tesoureiro do PT.
O aniversariante, ao identificar a ameaça, pegou a própria arma. “O Marcelo falou assim: ‘Se esse maluco volta, eu vou pegar minha arma’”, relatou uma testemunha. Cerca de 15 minutos depois, Guaranho retornou ao local sozinho e efetuou os disparos. Ele também foi baleado.
Atendimento médico
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná informou, no fim da tarde de domingo, que Guaranho recebeu atendimento médico e está internado em estado grave.
Repercussão
Políticos e autoridades comentaram o assassinato do tesoureiro do PT. Jair Bolsonaro (PL), Lula (PT), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), André Janones (Avante) e outros pré-candidatos à Presidência da República lamentaram o crime. (O Sul)