20/07/2022 às 07h55min - Atualizada em 21/07/2022 às 00h01min

Estado de São Paulo ainda possui muitas regiões com saneamento básico inadequado

Saneamento básico necessita de ações urgentes

SALA DA NOTÍCIA Duarte Produções
Em todo o Brasil, por volta de 35 milhões de pessoas não possuem água tratada e cerca de 10 milhões sequer possuem acesso à coleta de esgoto. Isso resulta em um quadro preocupante, pois diversas doenças que poderiam ser evitadas, atingem a população e sobrecarregam o Sistema Único de Saúde.

Só no Estado de São Paulo, cerca de 370 mil imóveis não possuem ligação com rede de esgoto, onde vivem cerca de 1,5 milhão de pessoas. Das regiões com mais problemas, a Capital Paulista se destaca. De acordo com a Sabesp, um terço das propriedades sem saneamento básico está localizada na Zona Sul. Depois, para as Zonas Norte, Leste, Central e Oeste.

De acordo com a ONU (Organização Mundial da Saúde), 15 mil pessoas morrem e 350 mil são internadas no país, anualmente, provenientes desta falta de tratamento da água e do esgoto. E isso fica ainda pior, em regiões de população de baixa renda. Os dados do IBGE apontam que, a cada 10 segundos acontece a morte de uma criança, por causa da precariedade do saneamento básico. Segundo o biomédico Roberto Figueiredo, conhecido por Dr. Bactéria, se o investimento na prevenção fosse maior, o gasto com a saúde e a mortalidade seriam bem menores.


“É lamentável saber que, cada R$ 1,00 de investimento em saneamento básico, seria suficiente para as cidades economizarem R$ 5,00 em medicina curativa da rede de hospitais e ambulatórios públicos”, conta Dr. Roberto. “Isso seria imprescindível para a diminuição dos casos de várias doenças como a cólera, diarreia, Hepatite A, Leptospirose e muitas outras”, completa ele.





Dr. Roberto defende a premissa de que os governantes precisam avaliar melhor as necessidades da população e direcionar as verbas públicas para as ações preventivas. Já está mais do que comprovado que além de diminuir a demanda dos hospitais, os cofres públicos teriam condições de investir mais em outros segmentos da saúde, como na contratação de mão de obra especializada, na educação dos profissionais da saúde, como também, levar o ensino de higiene básica, de volta às disciplinas escolares.
 

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