22/07/2022 às 09h51min - Atualizada em 22/07/2022 às 09h51min

Conflito entre tribos indígenas deixa cinco feridos no noroeste gaúcho; cacique foi baleado nas nádegas

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Um conflito na noite de quinta-feira (21) deixou pelo menos cinco indígenas feridos nas aldeias situadas entre Redentora e Tenente Portela, no noroeste do Estado. Um dos baleados é o cacique da maior reserva caingangue do Rio Grande do Sul, Carlinhos Alfaiate, que chefia a Terra Indígena da Guarita.

Disputa de poder coloca índios gaúchos em pé de guerra no norte do Estado.

"Eles queriam acabar comigo. Eu era o alvo", diz cacique que teve a casa destruída no Noroeste. 

A área está situada entre os municípios de Tenente Portela, Miraguaí e Redentora, próximo à fronteira com a Argentina. Mais de 8 mil caingangues vivem no local, além de algumas centenas de guaranis.

Conforme investigações da Polícia Federal, o confronto opõe o atual cacique caingangue e um grupo que contesta sua liderança, encabeçado por outro chefe, Joel Ribeiro de Freitas.

O confronto ao anoitecer de quinta-feira aconteceu numa área em Redentora controlada por Carlinhos Alfaiate. Ele próprio foi baleado nas nádegas, mas não corre risco de vida. Foi atendido no Hospital Santo Antônio, em Tenente Portela, assim como os demais feridos, que também estão fora de perigo, relata o delegado Roberto Audino, que atua pela Polícia Civil naquele município.

A Brigada Militar foi chamada para impedir que indígenas forçassem a entrada no hospital, à noite, atrás dos rivais. Os policiais fizeram barreiras, mas, mesmo assim, um caingangue foi esfaqueado, do lado de fora da casa de saúde. Foram feitas buscas por armas na região, sem sucesso. Uma residência na reserva indígena foi incendiada na madrugada.

 

 

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