Em uma conversa durante visita a Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, Cynthia Giglioli da Silva Camacho afirmou que ele pode estar sendo traído por membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), da qual é apontado como líder, e corre o risco de morrer. “Está saindo esse boato dessa maldita liderança que falam que é sua e que querem tomar de você”, disse.
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Na gravação, Marcola responde confiante: “Ninguém tem condições de fazer nada comigo”. Mesmo assim, a mulher manifesta preocupação com a vida dele, e o chefe do PCC pede a ela que fique tranquila. “Quando você me viu perder?”, questiona.
O detento não tem direito a visita íntima porque está em uma penitenciária federal. Nesse tipo de presídio, Marcola consegue ver a esposa e falar com ela apenas por meio de uma parede de vidro, blindada. Ele fica 48 horas trancado na cela e tem direito a quatro de banho de sol.
A conversa foi gravada para que a polícia pudesse investigar possíveis códigos na comunicação entre ele, a família e os advogados.
Para tentar acalmar a esposa, Marcola muda de assunto em seguida e diz quanto ela está bonita. “Que saudade desse ‘bocão’, fecho os olhos e imagino ele.” Cynthia, por outro lado, desabafa e diz que gostaria de ter um marido normal.
O casal falou também sobre o desempenho dos três filhos na escola e a programação das férias da família pela Europa.
Marcola, hoje com 54 anos, foi condenado a 342 anos de prisão.
Filho
Em visita do filho à prisão, Marcola revela seu medo de que o garoto, que tem 13 anos, entre para o crime. Ele aconselha o adolescente a não usar drogas nem brincar com armas de brinquedo. “Meu maior trauma, da sua mãe e da família inteira é que você siga os meus passos”, disse ele ao filho durante uma visita na prisão.
As conversas gravadas foram disponibilizadas com exclusividade ao programa Domingo Espetacular, da Record TV. A data da gravação marca o dia 12 de janeiro deste ano.
Marcola também reclama de que o adolescente vem se mostrando rebelde e dando trabalho à mãe, já que teria de tudo, inclusive, segundo ele, uma casa com piscina. Além disso, aconselha-o a não usar drogas. “Fumar é coisa de mané, começa assim e pode te levar para o outro mundo”, diz ele, referindo-se ao crime. O suposto chefe do PCC pede ainda que o filho faça mais exercícios físicos. (R7)
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