A Polícia Civil aponta que a guerra entre facções rivais ligadas ao tráfico de drogas é a principal linha de investigação para os casos da localização de uma cabeça humana e de um corpo decapitado em Porto Alegre nos últimos dois dias. As ocorrências são apuradas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Capital. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) trabalha para identificar se as partes do corpo pertencem a mesma pessoa e confirmar a identidade.
A cabeça de um homem foi localizada dentro de um saco de lixo na manhã da última quarta-feira (24), na Rua Cruzeiro do Sul, bairro Santa Tereza, na zona sul da Capital. A investigação afirma que ela teria sido jogada em via pública por indivíduos em um veículo, por volta das 6h30. Posteriormente, um catador de lixo encontrou o saco plástico e chamou a polícia. O rosto tinha marcas aparentes de disparo de arma de fogo, além dos sinais de corte no pescoço.
Na madrugada dessa quinta-feira (25), o corpo sem cabeça foi localizado dentro de um veículo incendiado na estrada Antônio Borges, no bairro Belém Velho, também na zona sul, distante cerca de 6 km da ocorrência do dia anterior. Um morador da região percebeu o incêndio e chamou o Corpo de Bombeiros. Após conterem as chamas, os agentes encontraram o cadáver carbonizado no banco de trás do carro e acionaram a Brigada Militar. O veículo Hyundai HB20 tinha placas de Canoas, na Região Metropolitana, e ficou totalmente queimado. A divisão de inteligência da polícia confirmou que o automóvel incinerado é o mesmo que deixou a cabeça no dia anterior.
Os próximos passos da investigação é verificar se a amostra de DNA do corpo encontrado confere com a de uma pessoa que a polícia acredita ser de um familiar da vítima. Outro teste irá analisar se a cabeça e o corpo pertencem a mesma pessoa. Indícios apontam que se trata de um homem ligado ao grupo criminoso que atua na Vila Cruzeiro e teria sido assassinado por uma facção rival lotada no Vale dos Sinos. As mesmas organizações criminosas travaram guerra em Porto Alegre no mês de março. A polícia acredita que uma das hipóteses para o retorno da disputa é de que uma liderança do grupo atuante na Vila Cruzeiro foi morta no fim de junho.
Blog do Juares
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