06/09/2022 às 09h26min - Atualizada em 06/09/2022 às 09h26min

Após deixar milheres de pessoas sem internet no RS, criminoso é preso pela Polícia Civil

Leouve

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos e Defraudações (DRCID), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), prendeu preventivamente, em Rio Grande, o responsável por um ataque cibernético a um provedor de Internet de Uruguaiana. Além da prisão, a Operação Bug Data, deflagrada na manhã desta terça-feira (06), cumpriu seis ordens judiciais na cidade e em Pelotas.

Além da prisão do criminoso, que tem 24 anos, foram apreendidos celulares e equipamentos de informática, os quais foram analisados in loco pelo Instituto Geral de Perícias (IGP).

O inquérito foi instaurado depois que o ataque criminoso indisponibilizou o serviço de um provedor de internet da cidade de Uruguaiana, ao sobrecarregar a largura da banda do servidor ou usar seus recursos até o fim. Durante esse tipo de ação, conhecida como DDoS – “Distributed Denial of Service” ou “Negação de Serviço Distribuída” -, inúmeras solicitações são enviadas simultaneamente ao provedor, o que torna o serviço instável ou indisponível devido à intensidade do ataque. O resultado é que milhares de usuários do provedor vítima perdem o acesso ao serviço. Também vários danos podem ser constatados, como prejuízos financeiros e de saúde pública, uma vez que a ação indisponibiliza o acesso a dados relevantes que só poderiam ser verificados online.

No caso de Uruguaiana, após o primeiro ataque, o criminoso exigiu valores para cessar as investidas e forneceu contas para que a empresa depositasse o pagamento. Mais tarde, segundo as investigações, o suspeito transformou a quantia em criptoativos.

Além do caso investigado, suspeita-se que o grupo criminoso do qual o suspeito faz parte esteja por trás de outros dez ataques a provedores de Internet no Rio Grande do Sul, podendo, inclusive, ter repercussão em outros estados brasileiros.

Os mandados executados hoje são oriundos de um inquérito policial que apura delitos de extorsão, invasão de dispositivo informático e interrupção ou perturbação de serviço informático e telemático. A investida teve o apoio da 7ª Delegacia de Polícia Regional do Interior (DPRI) de Rio Grande, do Instituto Geral de Perícias (IGP) e do Núcleo de Operações com Criptoativos (NOC/CGCCO), da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

 


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