Um homem foi agredido e assaltado dentro do próprio apartamento, na última quinta-feira (6), após marcar encontro com um suposto casal em um aplicativo de relacionamentos exclusivo para a comunidade LGBTQIA+, em Porto Alegre. O caso é investigado pela Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância (DPCI) da Capital.
De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima marcou um encontro em sua casa com dois homens. Ao chegar no local, a dupla amordaçou e amarrou o rapaz. Ele foi forçado a transferir dinheiro via Pix para uma conta bancária. Outra quantia em espécie e uma caixa de som foram levados pelos suspeitos. O jovem foi agredido com coronhadas na cabeça e socos no rosto. A vítima ficou ferida, mas não precisou ficar hospitalizada e passa bem.
A delegada Andréa Mattos, titular da DPCI, afirmou que o encontro foi marcado por volta das 17 horas de quinta. Na descrição do perfil no aplicativo mostrava dois homens de 24 anos. Entretanto, a dupla só foi chegar no apartamento do rapaz por volta das 19h20. Os dois suspeitos vestiam máscaras de proteção contra o coronavírus e um deles usava boné. O jovem afirma que um deles era mais agitado e outro aparentava estar tranquilo.
Após beberem e conversarem um pouco, os três foram para o quarto e teria sido quando as agressões iniciaram. Conforme a vítima, um dos suspeitos estava armado com um revólver e anunciou o assalto. O dono do apartamento teve os pés e as mãos amarradas e a boca tampada com uma fita isolante pelo segundo suspeito. O rapaz disse ter gritado pedindo ajuda, mas foi agredido novamente pelo assaltante armado. A ação durou cerca de 40 minutos.
Antes de irem embora, os suspeitos teriam proferido ofensas homofóbicas contra a vítima, além de roubarem uma caixa de som e notas de dinheiro que estavam guardadas em um guarda-roupa e obrigaram o rapaz a transferir dinheiro da conta bancária por Pix. Eles também levaram a chave do apartamento.
A vítima conseguiu se soltar e pedir ajuda aos vizinhos, que chamaram a polícia e a ambulância. O homem recebeu atendimento no Hospital Pronto-Socorro (HPS) de Porto Alegre e foi liberado na sequência. Ele procurou a DPCI no dia seguinte. A vítima foi submetida a exames médicos. O apartamento do rapaz passou por perícia.
Neste momento, a polícia analisa as imagens de câmeras de segurança do prédio onde o rapaz vítima do golpe mora. A investigação procura descobrir se os suspeitos chegaram no local utilizando um carro de aplicativo ou se havia uma terceira pessoa envolvida no golpe. Centrais de aplicativos de transporte e bancos foram acionados pela polícia, a fim de identificar os suspeitos.
Segundo a delegada Andréa, a DPCI da Capital não registra outros crimes semelhantes até o momento. Todavia, a autoridade policial confirmou que outros dois homens procuraram a delegacia após a divulgação do primeiro caso dizendo terem sofrido o mesmo golpe. Mas, de acordo com a delegada, eles preferiram não registrar boletim de ocorrência. A polícia acredita que possa haver mais vítimas que não efetuaram denúncia formal por vergonha. (BG News)
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