Uma facção da Zona Leste de Porto Alegre, que está envolvida em disputa por território na Região Metropolitana, usou postos de combustíveis no Rio Grande do Sul, para lavagem de dinheiro. A operação conta com 477 agentes para cumprir 86 mandados de busca e nove de prisão temporária.
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Conforme a investigação, em um ano o grupo “esquentou” ao menos R$ 18 milhões captados no tráfico, extorsões e receptação. A organização criminosa teria adquirido pelo menos oito postos de combustíveis em sete cidades gaúchas.
Ainda houve o bloqueio de 41 contas bancárias, mas o número de contas verificadas — que seriam usadas por laranjas e integrantes em geral da facção — passa de cem. Também estão sendo apreendidos 29 veículos, inclusive um Porsche e uma Ferrari. São pelo menos 10 pessoas que integrariam o núcleo principal do esquema, incluindo os dois líderes do tráfico e um empresário. Até as 8h, nove pessoas haviam sido presas.
Apenas para se ter uma ideia, em um dos postos vinculados à facção, localizado em Porto Alegre, mais de 50% do faturamento de 3 meses foi em dinheiro em espécie, o que não se coaduna com a atividade normal do mercado para esse ramo.
Também atípicas são transferências de um desses postos de combustíveis para presos e familiares desses, como em um caso de um detento condenado por roubos a agências bancárias e lotéricas.
Ainda, verificou-se que um dos gerentes desse esquema tinha negócios com um suposto empresário, também suspeito do branqueamento de capital e já indiciado por crime de homicídio, que atua em diversos ramos econômicos, dentre eles, comercialização de aparelhos eletrônicos e administração de imóveis para terceiros, sendo possuidor de um milionário patrimônio como barco, carros importados e imóveis de luxo em nome de interpostas pessoas.
No curso das investigações, um dos gerentes da facção foi assassinado, crime esse que está sendo apurado pelo Departamento de Polícia de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa – DHPP. Após sua morte, de maneira fraudulenta, um de seus postos de gasolina foi transferido a outra pessoa, vinculada a mesma facção, a fim de não interromper a continuidade da estrutura empresarial destinada à lavagem de dinheiro.
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