A Polícia Civil de Nonoai, na Região Norte do Rio Grande do Sul, investiga o caso de um bebê de um ano e cinco meses que teria voltado da escola com o braço quebrado. A ocorrência foi registrada na sexta-feira (7) pelo pai do menino, que suspeitou da lesão ao dar banho no filho depois de recebê-lo do transporte escolar.
A Prefeitura de Nonoai abriu uma sindicância, nesta segunda-feira (10), para investigar o caso. Ninguém foi ouvido até o momento. A escola e o transporte escolar não possuem câmeras de monitoramento.
Segundo o delegado Enio Tassi, o caso é tratado como suspeita de lesão corporal. A polícia solicitou o prontuário médico do menino e vai pedir a análise do documento pela perícia. Testemunhas devem ser ouvidas a partir de terça-feira (11), entre elas, a diretora da escola e o motorista do transporte escolar.
O pai do menino afirma que deixou a criança e o irmão gêmeos em uma escola municipal de educação infantil por volta das 7h30 de sexta. As crianças voltaram para casa por volta das 17h, com o transporte escolar provido pelo município.
O pai e uma cuidadora buscaram os meninos e, ao tentar dar banho neles, perceberam que um dos gêmeos estava sentindo dor no braço. O bebê foi levado para o Hospital Comunitário, onde constataram a fratura. Um exame de raio X mostra a lesão.
Após o atendimento, o menino foi encaminhado para o Hospital da Criança Augusta Muller Bohner em Chapecó (SC), a 44 km de Nonoai. Na sequência, a criança foi transferida para o Hospital Regional do Oeste, também em Chapecó. O bebê foi liberado no sábado (8), depois que a fratura foi reduzida e, colocado gesso no braço.
O pai do menino ainda levou o caso ao Ministério Público. À Promotoria de Justiça de Nonoai, ele disse ter conversado com funcionários da escola e do transporte. Os primeiros não teriam dado informações sobre o ocorrido, enquanto o motorista teria relatado ao pai que pegou o menino chorando na creche.