Um homem foi condenado a 27 anos de prisão em regime fechado por ter matado a mulher, que estava grávida de 11 semanas e cinco dias, com um tiro na cabeça. O motivo do assassinato seria a recusa da mulher em realizar a limpeza da casa. Fazia um ano que o casal morava junto. O caso foi julgado no Tribunal do Júri, em Lages.
O crime ocorreu na tarde do dia 4 de março de 2020, na residência onde vivia o casal, no bairro Santo Antônio.
Durante um desentendimento por conta da limpeza da casa e por ela reclamar sobre cobranças nesse sentido, o homem se armou com um revólver, calibre 38, e disparou contra a vítima, com quem vivia há cerca de um ano. Em seguida, o acusado fugiu do local. A mulher estava grávida de 11 semanas e cinco dias. Eles já tinham uma criança de um ano de idade.
Em relação à arma, o homem a possuía de forma ilegal por pelo menos quatro dias. No interrogatório durante o júri, ao responder o questionamento do juiz Edison Alvanir Anjos de Oliveira Júnior sobre a autoria do crime, negou ter matado a companheira. O acusado permaneceu em silêncio e preferiu não responder ao Ministério Público. À defesa, afirmou que não sabia da gestação e disse se sentir culpado todos os dias.
Os jurados consideraram o homem culpado pelo homicídio e reconheceram as qualificadoras do motivo fútil e feminicídio, além de terem praticado durante a gestação e na presença da filha. Pelo crime de posse ilegal de arma de fogo, o homem teve a condenação fixada em um ano de detenção. O magistrado ainda determinou a incapacidade do réu para o exercício do poder familiar em relação à filha. O homem poderá recorrer em liberdade.