O homem acusado de estuprar e matar a menina Agatha Rodrigues dos Santos, de 5 anos, foi julgado e condenado a 39 anos e 5 meses de prisão em Lajeado, no Vale do Taquari. O réu responde por estupro de vulnerável, homicídio qualificado e tentativa de ocultação de cadáver.
A criança foi encontrada nua no rio Taquari, próximo à residência onde ela morava, em 5 de setembro de 2021. Juliano Neinas, de 36 anos, deve cumprir a sentença em regime fechado no Presídio Estadual de Sobradinho, onde está recolhido desde a época do crime.
Conforme a investigação da Polícia Civil, o acusado era amigo da mãe da menina. No dia do crime, ele teria ido até a casa da família para levar Ághata ao supermercado. Imagens de câmeras de segurança registraram os dois caminhando por uma rua no centro da cidade.
Como eles estavam demorando para voltar, a mãe da menina disse à polícia que teria ligado para a Brigada Militar (BM). Após buscas realizadas pelo Corpo de Bombeiros, Agatha foi localizada ainda com vida dentro d’água. Ela chegou a ser levada para um hospital, mas não resistiu. O laudo do Instituto-Geral de Perícias (IGP) constatou que a menina havia sido abusada sexualmente e que morreu por afogamento.
Perante o júri, o réu confessou o estupro, mas negou que tenha matado e tentado esconder o cadáver da menina. Ele alegou ser usuário de drogas desde os 18 anos e que cometeu o crime sob o efeito de entorpecentes.
O homem foi preso em flagrante na data da morte da menina, com roupas molhadas e sujas de barro, e com sinais de luta. As agravantes do crime apontadas pela investigação foram recurso que impossibilitou defesa da vítima, meio insidioso ou cruel (asfixia), feminicídio e ocultação de outro crime. A Defensoria Pública, responsável por defender Neinas, disse que “respeita a decisão do plenário de forma que seguirá realizando o atendimento ao réu, visando garantir a ampla defesa e o contraditório”. (BG News)
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