Crianças que apresentam dificuldade de concentração na realização de atividades escolares ou de rotina, não acompanham o ritmo esperado no processo de aprendizagem e têm dificuldade de soletrar e escrever, trocando letras com grafia ou som semelhantes, podem sofrer de dislexia.
Considerado um transtorno de aprendizagem que afeta não apenas a leitura e a escrita, como também o desenvolvimento de habilidades, a fala e a socialização, o problema tende a ser percebido na escola, pelos pais ou cuidadores de crianças em idade de alfabetização.
De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), esse é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula e atinge entre 5% e 17% da população mundial. No Brasil, estima-se que cerca de 8 milhões de pessoas são disléxicas.
A fonoaudióloga da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo Thaís Coelho explica que a dislexia possui diversas características, não sendo igual para todas as crianças. Por isso, é fundamental procurar apoio profissional ao perceber os sinais.
No entanto, ela ressalta: “Nem toda dificuldade escolar é, necessariamente, dislexia. Fazer essa diferenciação é uma tarefa complexa que necessita uma série de análises, desde o rendimento escolar da criança e suas dificuldades, como também seu comportamento, ambiente, fatores socioeconômicos etc.”.