Dois policiais militares foram presos a pedido da 1ª Vara Criminal de Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Eles são suspeitos de envolvimento na morte de Juliano Maximiliano Fialho, 37 anos. Ele morreu no dia 10, com queimaduras graves pelo corpo.
Testemunhas afirmam que os PMs teriam jogado álcool e posto fogo no corpo de Juliano, na madrugada do dia 2, no interior da residência dele. A vítima foi internada no Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre, mas não resistiu aos ferimentos.
O pedido de prisão temporária foi feito pelo Ministério Público. A investigação começou na esfera militar, mas o caso foi para a Justiça Criminal comum, porque resultou em homicídio, crime que não é de abrangência da Justiça Militar. Segundo relato de testemunhas, o homem teria saído de sua casa com o corpo em chamas, dizendo que PMs tinham ateado fogo nele. Na certidão de óbito de Fialho a causa da morte registrada foi “insuficiência circulatória decorrente de septicemia consecutiva e complicações clínicas de queimadura corporal extensa”.
O próprio batalhão ao qual os PMs estão vinculados instaurou Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar o caso. Os brigadianos foram identificados a partir de denúncia feita por redes sociais. Outros dois, que também estiveram no local do crime “em apoio aos colegas na ocorrência”, também são investigados. Os quatro foram afastados preventivamente do serviço externo, passando a executar atividades internas no Batalhão. Os dois suspeitos de homicídio estão sujeitos à exclusão da BM.
O homicídio é também investigado pela 2ª Delegacia de Polícia Civil de Cachoeirinha, que começou a tomar os primeiros depoimentos.
* Com a informação GZH
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