O secretário de Defesa dos Estados Unidos (EUA), Lloyd Austin, chegou nesta terça-feira (07) a Bagdá para uma visita surpresa que visa a “reafirmar a parceria estratégica” entre os dois países.
A visita ocorre quando se completam 20 anos desde a invasão norte-americana contra o regime de Saddam Hussein. A ofensiva foi lançada em 20 de março de 2003 por tropas norte-americanas, apoiadas por uma coligação internacional, e abriu uma das páginas mais sangrentas da história do Iraque.
“Estou aqui para reafirmar a parceria estratégica entre os Estados Unidos e o Iraque, quando avançamos para um Iraque mais seguro, estável e soberano”, afirmou o chefe do Pentágono, em mensagem no Twitter.
A ofensiva foi lançada em 20 de março de 2003 por tropas norte-americanas, apoiadas por uma coligação internacional, e abriu uma das páginas mais sangrentas da história do Iraque.
A visita de Austin faz parte de uma viagem regional ao Oriente Médio, que começou na Jordânia, onde o chefe do Pentágono se encontrou com o rei Abdullah II. De acordo com nota do Pentágono, eles “discutiram uma série de preocupações comuns, incluindo a segurança no vizinho Iraque e o fluxo ilegal de narcótico na região”.
Bagdá mantém laços muito fortes com Washington, particularmente em nível militar, mesmo que ao longo dos anos o poder iraquiano se tornou aliado dos iranianos. Às vezes, as alianças exigem que as autoridades iraquianas se envolvam em delicado ato de equilíbrio.
Tropas norte-americanas continuam destacadas no Iraque, como parte da coligação internacional liderada por Washington na luta contra os ihadistas do grupo Estado Islâmico (EI).
O EI, que começou a estar presente no Iraque em 2017, continua a reivindicar eventuais ataques que ocorrem no país e a coligação internacional permanece mobilizada para impedir o seu ressurgimento.
Bagdá tem sido palco de intenso debate diplomático nas últimas semanas. Líderes iraquianos receberam sucessivamente os chefes da diplomacia da Arábia Saudita, do Irã e da Rússia, antes da visita, no início de março, do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.
O chefe da ONU elogiou o papel central do Iraque para a “estabilidade regional” e “o compromisso do governo com o avanço do diálogo e da diplomacia”, tendo Bagdá lançado uma mediação sem precedentes entre o Irã e a Arábia Saudita, os dois grandes rivais regionais.
No fim de 2021, o Iraque anunciou o “fim da missão de combate” da coligação internacional, mas as tropas continuam em solo iraquiano para exercer uma função de treino e assessoria às Forças Armadas iraquianas.
As relações deterioraram-se consideravelmente quando, sob a presidência de Donald Trump, um drone armado americano matou o general iraniano Qassem Soleimani e Abou Mehdi al-Mouhandis, em janeiro de 2020, na estrada para o aeroporto da capital iraquiana.
O país é atormentado por instabilidade política recorrente. O atual primeiro-ministro, escolhido pela maioria dos partidos pró-Irã no Parlamento, foi nomeado no final de 2022 após um ano de negociações intermináveis.
*Com informações de RTP
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