O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) autuou a Eletronuclear em mais de R$ 2 milhões por ter demorado 21 dias para comunicar aos órgãos de fiscalização um vazamento de material radioativo em setembro do ano passado.
A usina Angra 1 teria lançado 90 litros de água contaminada na Baía de Itaorna, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Os órgãos ambientais querem aprofundar a investigação do caso.
O Instituto Estadual do Ambiente recebeu uma denúncia anônima e a encaminhou ao Ibama e à Comissão Nacional de Energia Nuclear. Nesta semana, a Justiça Federal determinou que a Eletronuclear avalie o vazamento e preste informações em 30 dias.
A Eletronuclear declarou que a usina Angra 1 fez uma liberação não programada de um pequeno volume de água com baixo teor de radioatividade; que, como os valores da liberação se encontravam abaixo dos limites que caracterizam um acidente, a empresa tratou o evento como incidente operacional e informou o assunto nos relatórios e no site.
A Eletronuclear afirmou ainda que intensificou a monitoração do local e que pretende recorrer da decisão do Ibama.
Em nota, a prefeitura de Angra dos Reis afirmou que vai entrar como coautora na ação e que as responsabilidades precisam ser apuradas.
O Ibama declarou que estuda medidas adicionais para evitar que episódios semelhantes voltem a ocorrer.