Os preços médios do litro da gasolina, do etanol e do diesel tiveram leve queda nos postos de combustíveis após o ajuste de preços da Petrobras às refinarias. É o que mostram dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e referentes à semana de 14 a 20 de maio.
As estimativas da Petrobras, com base na redução de R$ 0,40 que anunciou nas refinarias, era de que o preço médio final pudesse atingir R$ 5,20 por litro. Entretanto, o valor médio litro da gasolina comercializado nos postos caiu pela segunda semana seguida, de R$ 5,49 para R$ 5, 46. Uma queda de 0,5%. A gasolina mais em conta foi encontrada em Diadema, em São Paulo, a R$ 4,39. A mais cara, em Tefé, no Amazonas, a R$ 7,30.
Já o preço médio do litro do diesel nos postos caiu pela 15ª semana consecutiva. A queda foi de R$ 5,52, na semana passada, para R$ 5,39 nesta semana. Foi um recuo de 2,36%. Em relação ao etanol, o combustível registrou queda de 2,44%. De R$ 4,09 despencou para R$ 3,99 o litro.
Mudança
Nesta semana, a Diretoria Executiva da Petrobras aprovou a estratégia comercial para definição de preços do diesel e da gasolina da estatal, em substituição à política de preços dos combustíveis comercializados por suas refinarias. Na prática, o “anúncio encerra a subordinação obrigatória ao preço de paridade de importação, mantendo o alinhamento aos preços competitivos por polo de venda, tendo em vista a melhor alternativa acessível aos clientes”, como informou o comunicado emitido pela companhia na última terça-feira (16).
A nova estratégia comercial usa referências de mercado como o custo alternativo do cliente (valor a ser priorizado na precificação) e o valor marginal para a Petrobras. O custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos. Já o valor marginal para a Petrobras é baseado no custo de oportunidade, dadas as diversas alternativas para a companhia, dentre elas a produção, importação e exportação do referido produto ou dos petróleos utilizados no refino.
“Com essa estratégia comercial, a Petrobras vai ser mais eficiente e competitiva, atuando com mais flexibilidade para disputar mercados com seus concorrentes. Vamos continuar seguindo as referências de mercado, sem abdicar das vantagens competitivas de ser uma empresa com grande capacidade de produção e estrutura de escoamento e transporte em todo o país”, destacou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
“Nosso modelo vai considerar a participação da Petrobras e o preço competitivo em cada mercado e região, a otimização dos nossos ativos de refino e a rentabilidade de maneira sustentável”, acrescentou o diretor de logística, comercialização e mercados da Petrobras, Claudio Schlosser.