Os advogados Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares foram empossados na noite desta terça-feira (30) como ministros titulares do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os dois foram nomeados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última quarta-feira (24), horas após o Supremo Tribunal Federal (STF) definir uma lista com quatro nomes para ser enviada ao chefe do Executivo.
A posse da dupla no TSE representa uma vitória para o presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes. O magistrado é próximo de ambos e articulou pelas nomeações. Os advogados ocupam as vagas destinadas aos juristas no TSE.
Diversas autoridades dos Três Poderes acompanharam a cerimônia. Estiveram na mesa do evento, além de Moraes e dos integrantes do TSE, a presidente do STF, ministra Rosa Weber, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o ministro da Justiça, Flávio Dino, o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Beto Simonetti, e o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gustavo Gonet Branco.
Com a saída de Ramos Tavares da cadeira de ministro substituto do TSE e o fim do mandato de Maria Claudia Bucchianeri em agosto, Lula terá mais dois integrantes substitutos do TSE para nomear.
A definição sobre a composição do TSE ganhou importância porque será com essa nova configuração que a Corte deverá julgar uma das ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que poderá deixá-lo inelegível por oito anos.
Também na semana passada, o ministro Nunes Marques, do STF, foi empossado como integrante titular do TSE. Colega de Supremo, Cármen Lúcia foi eleita na ocasião vice-presidente da Corte eleitoral.
Os ministros efetivos do TSE são: Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Nunes Marques, Benedito Gonçalves, Raul Araújo, André Ramos Tavares e Floriano de Azevedo Marques.
Vagas
As duas vagas titulares dos juristas no TSE foram abertas com a saída dos ministros Sérgio Banhos e Carlos Horbach, em 17 e 18 de maio, respectivamente.
Banhos encerrou seus dois biênios integrando o TSE e não poderia mais ser reconduzido. Já Horbach ainda poderia pleitear a continuidade por mais dois anos, mas optou por desistir da possibilidade de recondução.
O STF definiu em 24 de maio a lista quádrupla de nomes para Lula nomear os dois novos integrantes da Corte eleitoral. Além de André Ramos Tavares e Floriano de Azevedo Marques, compunham a lista as advogadas Daniela Borges e Edilene Lobo.
Por tradição, o ministro substituto mais antigo em atividade no TSE é escolhido como sucessor na vaga aberta com a saída do ministro titular. Assim, Maria Claudia Bucchianeri se tornaria titular, e não Ramos Tavares.
A ministra, no entanto, sequer compôs a lista aprovada pelo STF que foi enviada a Lula. Ela está em seu primeiro mandato de dois anos no TSE, que acaba em agosto, e pode ser nomeada para mais um biênio.
A recondução não é automática e demanda que seja seguido o rito de definição de lista e nomeação pelo presidente da República.