Na manhã de quinta-feira (15), a Polícia Penal (SUSEPE) realizou a prisão de um homem condenado por cometer estupros contra seu próprio filho, desde que a criança tinha 4 anos de idade. Os abusos continuaram por aproximadamente dois anos, até que a mãe descobriu os crimes e denunciou o ex-marido à polícia. O casal vivia no bairro São Caetano, em Caxias do Sul, em dois imóveis independentes, mesmo estando separados judicialmente após 20 anos de casamento. Após o divórcio, o homem se mudou para Criúva e, recentemente, havia se transferido com sua nova companheira para Arroio do Sal, no Litoral Norte, na tentativa de evitar sua prisão, que era iminente.
A ordem de prisão foi emitida quando o indivíduo compareceu pessoalmente ao Instituto Penal de Caxias do Sul (IPCS) para assinar o livro, uma vez que já havia sido condenado anteriormente pela Lei da Maria da Penha por ameaçar de morte sua ex-esposa.
De acordo com a denúncia, a criança vivenciou uma rotina quase diária de abusos perpetrados pelo pai entre os anos de 2018 e 2019. O agressor aproveitava os momentos em que estava sozinho com a criança para abusar sexualmente dela. Os abusos foram identificados pela psicóloga responsável pelo atendimento do menor, devido a alterações comportamentais que levaram a mãe a procurar ajuda especializada para a criança.
Segundo relatos à polícia, o indivíduo obrigava a criança a assistir a filmes pornográficos antes de cometer os estupros. O pai chamava o filho de “namorada, menina e princesa” e exigia que o segredo fosse mantido. A criança, sem compreender o que estava acontecendo, referia-se aos abusos como “massagens”, apontando para suas partes íntimas.
Além disso, foi noticiado que o agressor também estuprou a cadela de estimação da família, resultando em uma condição conhecida como “gravidez psicológica”, onde o animal apresentava produção de leite nas mamas devido aos abusos sofridos.
O indivíduo encontra-se sob custódia do Estado e cumprirá uma pena de 17 anos em regime fechado, em uma prisão pública.