Na manhã desta quarta-feira (28), a Polícia Civil, com a colaboração de servidores do Instituto-Geral de Perícias (IGP), efetuou a prisão de um indivíduo suspeito de pedofilia em Tramandaí, no litoral norte do Rio Grande do Sul.
Os acontecimentos tiveram início em 9 de março, quando uma mulher de 52 anos, avó de uma menina de 11 anos, evitou que sua neta se tornasse vítima de um possível crime sexual. Durante a madrugada, por volta das 2 horas, ao verificar mensagens suspeitas no celular da criança, ela identificou indícios de um provável pedófilo.
A família da menina é oriunda de São Bento do Sul, em Santa Catarina, enquanto o criminoso, que utilizava um chip registrado em nome de uma pessoa supostamente do Rio Grande do Norte, reside em Tramandaí.
Segundo o delegado Alexandre Souza, responsável pela investigação e pela prisão do suspeito, as mensagens foram trocadas via WhatsApp. Ao deparar-se com o conteúdo, a avó ficou preocupada, mas não entrou em pânico. Pelo contrário, decidiu prosseguir com cautela: um adulto estava fazendo investidas de natureza sexual em relação à criança. O objetivo da avó era confirmar suas suspeitas e obter provas para acionar a polícia.
“A avó estranhou o fato de o celular de sua neta receber notificações durante a madrugada e, imediatamente, leu a mensagem na qual o suspeito mencionava ter vídeos de meninas sem roupas. Além disso, ele solicitava que a menina enviasse fotos íntimas, de acordo com as mensagens enviadas”, relatou Souza, da delegacia de Tramandaí.
O delegado explicou que a mulher encerrou a conversa e arquivou todo o material. Na manhã seguinte, dirigiu-se à delegacia de São Bento do Sul e registrou a ocorrência policial. As evidências foram coletadas e periciadas. Após investigações e quebra de sigilo telefônico e telemático, as autoridades catarinenses descobriram que o chip era originário do Nordeste do país, porém estava sendo utilizado por um indivíduo gaúcho.
Dessa forma, o delegado Souza foi acionado em Tramandaí, e as polícias dos dois estados passaram a colaborar na investigação. Com todas as provas reunidas, obtiveram-se mandados de busca e prisão através do sistema judiciário. O delegado ressaltou que o suspeito, de 36 anos, possui antecedentes por posse de entorpecentes, sendo usuário de drogas e desempregado.
Souza também enfatizou que o nome do suspeito está sendo preservado para proteger outra menina, neste caso, sua própria filha de 12 anos. Segundo o delegado, não há, a princípio, histórico de violência contra ela. O suspeito é solteiro, reside com a mãe, uma irmã mais nova e sua filha. A polícia ressalta que a tentativa de abuso contra a criança de Santa Catarina era realizada de forma virtual, com o objetivo de satisfazer os desejos criminosos do indivíduo.
É fundamental que a sociedade esteja vigilante e denuncie casos de pedofilia, proporcionando informações que possam auxiliar na identificação e punição dos criminosos. A colaboração entre as instituições e a conscientização da população são essenciais para combater esse grave problema.
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