Neste domingo (16), entre 09h30 e 12h00, houve uma briga generalizada na SC-157, na Aldeia Kondá, em Chapecó, Oeste de Santa Catarina.
A confusão começou após muita ingestão de bebida alcoólica entre os envolvidos na briga, moradores da aldeia. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros (COBOM), além de socos e pontapés, jogaram pedras uns nos outros e utilizaram armas de fogo.
Com isso, uma pessoa morreu após ter sido atingida pelos disparos de arma de fogo. No total, foram 11 pessoas atendidas pela guarnição, muitas com ferimentos no crânio e diversas escoriações pelo corpo. Todas as pessoas que foram atendidas recusaram a condução para as Unidades de Saúde e precisaram assinar um termo de recusa nas fichas de atendimento.
Às 12h, a guarnição foi novamente acionada por conta de um novo confronto envolvendo os indígenas. Quando chegaram no local, em conjunto com forças de segurança, Polícia Militar (PM), SARA/SAER e Guarda Municipal, visualizaram várias casas pegando fogo, totalmente destruídas pelas chamas, sem possibilidade de salvar bens materiais.
Após apagarem as chamas e finalizarem os procedimentos, em acordo com as forças de segurança, retornaram ao quartel. A cena ficou aos cuidados da Polícia Militar (PM) e Guarda Municipal até a chegada da Polícia Federal (PF).
Na tarde desta segunda-feira (17), a Polícia Federal (PF) divulgou uma nota à imprensa sobre os fatos violentos ocorridos. Conforme a PF, após o conflito registrado no domingo (16), policiais federais se deslocaram até a aldeia para impedir o agravamento da ocorrência.
Confira a nota da PF:
“Com relação aos fatos violentos recentemente ocorridos na Aldeia Indígena Kondá, no oeste de Santa Catarina, e que resultaram no óbito de uma pessoa, além de lesões graves a outras e em inúmeros danos materiais, a Polícia Federal informa que ainda na data de ontem, 16/07/2023, policiais federais se deslocaram até a aldeia para impedir o agravamento do conflito. Também foram adotadas providências de polícia judiciária, mediante instauração de inquérito policial para apuração dos fatos e identificação dos autores do delito.
A operação prosseguirá por período indeterminado, com atuação de policiais federais na região, que atuarão conjuntamente com a Polícia Militar de Santa Catarina para assegurar que novos eventos violentos não voltem a ocorrer.”