17/08/2023 às 09h49min - Atualizada em 17/08/2023 às 09h49min

Mega operação: 225 policiais realizam operação contra organização criminosa que traficava e lavava dinheiro

A Polícia Civil e a Brigada Militar desencadearam em Soledade e na região, mais uma etapa da operação Monopólio, nesta quinta-feira (17). Os mandados estão sendo cumpridos na região de Soledade e em diversos bairros da cidade. O Helicóptero da Polícia Civil está em Soledade, auxiliando o trabalho.

 

A Polícia Civil, por intermédio da Delegacia Regional de Soledade, sob coordenação da Delegada Regional Fabiane Bittencourt, com apoio de delegacias da 5ª DPRI – Cruz Alta, 6ª DPRI – Passo Fundo, 16ª DPRI – Santa Cruz, 26ª DPRI – Ijuí, 28ª DPRI – Carazinho, Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros, cumpriu na manhã de hoje a segunda etapa da Operação Monopólio.

 

Participaram desta ação um efetivo de 145 Policiais Civis, 80 Policiais Militares e 2 Bombeiros Militares, nas cidades de Soledade, Arvorezinha, Fontoura Xavier e Lagoão.

 

As investigações se estenderam por mais de dois anos, sendo iniciadas após a deflagração da operação Monopólio, em 2021. O objetivo da ação é combater uma organização criminosa, atuante na região de Soledade, que se utiliza do tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

 

O “modus operandi” desta facção é extremamente complexo e elaborado. A lavagem de dinheiro era realizada através de diversas práticas criminosas, dentre elas: utilização de contas de “laranjas” para armazenar e transferir grandes volumes financeiros, envolvimento de terceiros que guardam dinheiro em espécie, utilização de empresas “de fachada” e de empresas “fantasmas” (que não existem fisicamente), além de compras reais e simuladas de bens móveis e imóveis.

 

Dentre as empresas “de fachada”, há vários segmentos: revenda de veículos, barbearia, mercado e boate. Também foi identificado diversas empresas “fantasmas”: locadoras de veículos, revenda de produtos de limpeza, comércio de produtos esportivos e supermercado. Inclusive, eram negociados cavalos de raça em transações para ocultação de patrimônio.

 

Os criminosos utilizavam uma técnica denominada “reverse flips”, que consiste em simular a valorização ou lucro a partir de venda de bens móveis ou imóveis. Eram adquiridos imóveis com preços muito abaixo de seu valor de mercado, de usuários de drogas, buscando esconder a origem ilícita do dinheiro no suposto lucro da venda.

 

A investigação logrou êxito em identificar dois líderes, três operadores que coordenavam o esquema de lavagem de capitais, quatorze integrantes que atuavam como “laranjas” ou em outras atividades relacionadas e, por fim, treze Pessoas Jurídicas atuantes na facção.

 

Um advogado era o principal operador financeiro no esquema de lavagem. Ele advogou em favor dos membros da facção, recebendo valores mensalmente por seus honorários. Servidores Públicos também participavam do esquema, como “laranjas”.

 

Na operação, foram cumpridos 32 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de prisão preventiva, bloqueio de contas bancárias, e a indisponibilidade de bens imóveis e veículos que ultrapassam o valor de 10,4 milhões de reais.



 

Fonte: Polícia Civil.


 
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