Um caso de tortura brutal, cárcere privado e estupro de vulnerável mobiliza a polícia gaúcha nesta semana. O depoimento da uma moradora de Taquara, de 29 anos, que conseguiu escapar junto com seu filho, de apenas sete anos, é aterrorizante. Ela enfrentou um período prolongado de abuso e confinamento, e ainda presenciou seu filho sendo agredido e violentado. Inclusive, o homem arrancou um dente da criança com alicate, e dava choques fortes na mãe se não fizesse o que mandava.
O criminoso é procurado pela polícia desde essa segunda-feira, quando o caso veio à tona. Ela conta que conheceu o homem de 42 anos por meio de uma rede social, e o relacionamento durou cerca de um ano. Porém, após se mudarem juntos, o parceiro, que inicialmente aparentava comportamento normal., começou a demonstrar comportamento agressivo e por razões fúteis.
A mulher acabou sendo proibida de sair de casa ou receber visitas, incluindo familiares, e a tortura física e psicológica durou meses. Isso incluiu o uso de fios elétricos, um bastão com um parafuso na ponta, cabos de vassoura e outros materiais, além das vezes em que foi coagida a manter relações sexuais absurdas com o agressor e do abuso sexual cometido contra seu filho.
Em entrevista à Rádio Taquara, o delegado Valeriano Garcia Neto comentou sobre a extrema brutalidade dos detalhes relatados pela vítima. Ele mencionou que, com mais de 10 anos de experiência na Polícia Civil, esses relatos foram particularmente chocantes, envolvendo estupros brutais e sessões de tortura com choques elétricos, espancamentos e humilhações inimagináveis.
Após outra rodada de espancamentos e agressão sexual forçada no domingo (27), a mulher encontrou uma oportunidade enquanto o agressor dormia e conseguiu pegar seus documentos e os do filho, bem como uma quantia em dinheiro que ele mantinha escondida em casa. Na segunda-feira (28), ela conseguiu chamar um transporte por aplicativo, dirigindo-se a uma cidade vizinha. Lá, procurou a Brigada Militar (BM), que a encaminhou à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento local.
Após serem informadas do caso, as autoridades da Polícia Civil de Taquara foram até a residência do acusado, onde encontraram diversos materiais e instrumentos utilizados para as torturas. No entanto, o homem já havia deixado o local. A vítima e seu filho receberam assistência médica e medidas de proteção de emergência antes de serem levados para um local seguro, a fim de preservar sua saúde física e mental.
Devido à Lei de Abuso de Autoridade, não podemos publicar o nome do suspeito, e não publicamos informações sobre a família para preservar a identidade do menino.
Foto: Polícia Civil.
Fonte: Rádio Taquara.