Na noite de quarta-feira, dia 6, mais uma triste descoberta foi feita em Lajeado, onde um bebê de apenas 8 meses foi encontrado morto. Este acontecimento eleva o número de vítimas fatais para 37, marcando um doloroso capítulo no Vale do Taquari, que enfrenta o seu maior desastre natural registrado.
Desde segunda-feira, quando os eventos trágicos começaram a se desenrolar, o total de óbitos confirmados supera até mesmo a maior tragédia natural das últimas quatro décadas no Estado do Rio Grande do Sul, que ocorreu em junho deste ano, quando 16 pessoas perderam suas vidas após a passagem de um ciclone extratropical.
As vítimas estão distribuídas pelas seguintes cidades: Muçum (14), Roca Sales (9), Lajeado (3), Estrela (2), Ibiraiaras (2), Cruzeiro do Sul (3), Passo Fundo (1), Encantado (1), Mato Castelhano (1) e Santa Tereza (1).
Em Muçum, ainda existe uma lista de nove pessoas desaparecidas, aumentando a angústia das famílias afetadas por essa tragédia. Além disso, os números indicam que 2.319 pessoas estão desabrigadas e 3.575 permanecem desalojadas. São Sebastião do Caí é a cidade mais impactada, com mais de 21 mil afetados.
Nesta quarta-feira, os moradores dos municípios dos vales do Taquari e do Caí, as áreas mais atingidas pelas enxurradas e inundações, iniciaram o árduo processo de reconstrução de suas vidas, à medida que as águas começavam a recuar.
Em localidades como Muçum e Roca Sales, o recuo das águas revelou a verdadeira dimensão da catástrofe. O cenário lembrava as cenas trágicas que costumam ser associadas à passagem de furacões no hemisfério Norte, com escombros e partes de construções espalhadas onde antes havia bairros e propriedades rurais estruturados.
Fonte: Agora no Vale.